O Sevilha venceu o Leicester por 2-1 na 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, num jogo em que o melhor em campo foi Kasper Schmeichel.

A equipa de Ranieri esteve o jogo todo sem ar, asfixiado pela posse e controlo do Sevilha, mas Vardy marcou perto do fim e deu oxigénio ao campeão inglês para a 2ª mão.

O plano de Sampaoli aniquilou a estratégia do Leicester, que nos primeiros 45 minutos não conseguiu um contra-ataque. N'Zonzi era o pilar do meio-campo com Nasri a ser o organizador, com licença para percorrer todos os metros do campo. Sarabia aberto à direita, Vitolo à esquerda com Jovetic e Correa na frente. Mariano dava muita profundidade na lateral direita e foi por ali que muitos dos lances de perigo aconteceram.

Mahrez e Vardy, Slimani ficou de fora, foram «engolidos» pelos rivais e pelo posicionamento defensivo e a avalanche ofensiva dos da casa fez-se sentir desde o início.

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Pablo Sarabia foi o primeiro a avisar e atirou por cima num remate de longe. Isso foi aos quatro minutos, quando os sevilhanos ainda agarravam o jogo. A partir dos dez já o tinham na mão e aos 14' ganharam uma grande penalidade numa jogada de insistência. Wes Morgan chegou atrasado e de carrinho varreu Correa.

Na conversão, o homem que sofreu a falta olhou para o monstro que estava na baliza, Schmeichel, e deve ter-se intimidado. O dinamarquês parou o remate e começou uma noite tremenda.

Aos 23 minutos, o filho do antigo guardião do Sporting voltou a negar o golo, agora a Escudero, que rematou à entrada da área pelo chão.

Dois minutos volvidos aconteceu o que todos previam: o golo do Sevilha. Lance na esquerda e Escudero a colocar com conta, peso e medida na cabeça de Sarabia. Schmeichel ficou preso ao relvado, não havia hipótese.

1-0 para o Sevilha, mas os homens de Sampaoli, hoje na bancada por castigo, não tiraram o pé do acelerador e aos 32' e 37' o dinamarquês voltou a ser decisivo. 

Em cima do intervalo, Vitolo ainda cabeceou por cima e em seguida o Sevilha saiu para os balneários brindado com um grande aplauso. Justo para o que ia fazendo, injusto os números que se verificavam. O Leicester ia ainda vivo para o descanso, sem saber ler, nem escrever.

No início do segundo tempo, o Leicester ainda ameaçou a abrir por Musa, mas Sergio Rico continuava como mero espectador.

Os ingleses remataram pela primeira vez para as mãos do guardião aos 50 minutos, só que no lance seguinte Vitolo acertou no poste. O Sevilha não desarmava e voltou à carga. Dominava e procurava o segundo golo, que desse tranquilidade.

Sampaoli sofreu uma contrariedade e viu o defesa Lenglet sair lesionado. Para o seu lugar entrou o português Daniel Carriço. Ranieri mexeu por opção e colocou Gray no lugar do «apagado» Musa. O extremo mexeu com o jogo e o Leicester viveu a melhor fase entre os 55 e os 62 minutos, altura em que o Sevilha em contra-ataque fez o segundo.

Jovetic arrastou os defesas, entrou na área e soltou em Correa, que vindo de trás não perdoou perante a saída de Schmeichel. Festa no Sánchez Pizjuán e um balde de água fria sobre o plano de reação de Ranieri.

O Sevilha voltou a estar por cima, só que Sampaoli mexeu e...mal. Tirou Correa da frente e juntou Iborra ao miolo, o que fez o Leicester subir e deu mais liberdade a Drinkwater.

Foi o médio que criou um desequilíbrio aos 73 minutos, entrou entre o central e o lateral do lado esquerdo e cruzou para Vardy fazer o golo. Carriço não ficou bem na fotografia.

Até ao fim, Schmeichel negou mais dois golos ao Sevilha, a barra negou outro e o 2-1 manteve-se.

15 de março novo jogo e o Leicester ainda vivo graças a Schmeichel e à ineficácia do Sevilha!