A figura: Bas Dost

Cada vez melhor de costas para a baliza, letal na hora de rematar. O holandês abriu o marcador, mas por essa altura já era uma das melhores exibições leoninas. Confirmou o que se anda a ver há algum tempo. Que se associa melhor com os colegas. Isto é, está a definir melhor o passe, quer para onde ele vai, quer na parte técnica, ou seja, em que condições ele chega a Bruno Fernandes, Gelson ou restantes. Nesse capítulo abriu vários espaços na defensiva grega para depois, aos 40 minutos, fazer o que nenhum outro sportinguista fizera até então: colocar a bola no fundo das redes. No segundo tempo, bisou com uma cabeçada, mas é bom que se diga que Dost foi mais do que os golos.

O momento: minuto 40

O momento do jogo desta noite foi o momento de Piccini. Não vai figurar nem com golo nem assistências, mas ficará para sempre como criador do 1-0 que colocou as diferenças entre Sporting e Olympiakos onde elas devem estar: no marcador com superioridade verde e branca. Uma arrancada pela direita, dois adversários batidos, um toque para Gelson dar sequência e Bas Dost abrir a porta do triunfo leonino.

Mathieu

Uma serenidade total, uma leitura perfeita do jogo. O Olympiakos chegou pouco e com pouca gente à defensiva leonina, mas isso também se deve à parte verde e branca do jogo. Um dos responsáveis foi Mathieu, que cortou lances em antecipação ao perigo e resolveu outros quando ele espreitava. Uma exibição impecável no setor defensivo e quase feliz no outro lado do campo. O livre aos 71 minutos é que bateu no «telhado» da baliza. Os aplausos recebidos na substituição foram sinal de que o público esteve atento ao francês em campo.

Bruno César

Mais um golo do chuta-chuta na Liga dos Campeões, ele que foi o eleito para o lugar de Marcos Acuña. Mais cerebral do que o argentino, conhece bem os caminhos para a baliza contrária. Nesta quarta-feira, marcou ao Olympiakos e acabou com a discussão da noite. Também já marcou ao Borussia Dortmund, ao Real Madrid e à Juventus. Quem sabe talvez marque ao Barcelona.

Bruno Fernandes

Não foi o melhor desempenho de sempre pelo Sporting, não, mas com a qualidade que tem, Bruno Fernandes traz muitos momentos bons ao jogo. Esteve em jogadas de perigo, ora na parte final delas, ora na criação dessas mesmas. Foi aqui que se destacou mais, com boas combinações e passes. Juntou, ainda, mais uma assistência aos números desta época e com o resultado em 3-0 pôde, inclusive, decidir mal: aos 75 minutos quis fazer o quarto dos leões quando tinha colegas em melhor posição.

Gelson Martins

O que se disse de Bruno Fernandes serve para Gelson. Mais um passe para golo, outro que também era, mas que André Pinto desperdiçou no poste, vários desequilíbrios criados e a imagem da diferença entre Sporting e Olympiakos: os leões são superiores e podem guardar as melhores exibições em Camp Nou. Onde é provável virem a precisar mais delas.

O Olympiakos

Pardo e Diogo Figueiras. Dois nomes conhecidos em Portugal e os principais destaques dos gregos. Ou seja, o «perigo» era conhecido. As combinações entre o português e o colombiano na direita foram o principal modo de o Olympiakos chegar à área de Rui Patrício, com Figueiras a ser o autor do passe que originou o 3-1.