Sergiy Rebrov, treinador do Dínamo Kiev, quer ver os seus jogadores a deixarem tudo em campo esta terça-feira no Estádio da Luz. A equipa tem sido muito criticada, não só pela derrota em casa, diante do Benfica (0-2), mas também pelos resultados caseiros que deixaram a equipa de Kiev, crónica candidata ao título na Ucrânia, a uns distantes oito pontos do Shakhtar Donetsk de Paulo Fonseca no campeonato.
A verdade é que, ao fim de três jogos na Champions, o Dínamo soma apenas um ponto e está obrigado a vencer o Benfica para poder aspirar ainda chegar aos oitavos de final. «Os jogadores nos últimos jogos já mereceram a vitória pelo que fizeram. Para mim não há diferença entre os jogadores e a sua idade. Nos últimos jogos eles estiveram bem, nós também. A motivação e o desejo é o mesmo de toda a equipa, tantos os mais novos como os outros, jogaram de forma diferente. Acredito que para amanhã, depois deste últimos jogos, os jogadores já têm mais confiança, mas vamos ver», começou por destacar.
A verdade é que, com o campeonato praticamente comprometido, o Dínamo pode sofrer um forte revés na temporada com nova derrota diante dos Benfica. «Óbvio. Cada treinador e cada equipa que joga na Liga dos Campeões coloca objetivos altos. Nós não nos consideramos fora do grupo, vamos jogar e dar tudo enquanto tivermos oportunidade. Os adeptos amanhã vão ver que vamos dar tudo pela vitória enquanto for possível. Depois do jogo, não sei. Temos de deixar os adeptos com a sensação que demos tudo, qualquer que seja o resultado. O Benfica joga em casa, mas nós também perdemos em casa, portanto é possível. A intensidade está maior, espero que os jogadores entrem em campo com a ambição de darem o melhor», prosseguiu.
Olhando para a classificação, o jogo será mais determinante para o Dínamo, que soma apenas um ponto, do que para o Benfica, que já conta com quatro. «Tendo em conta a classificação, temos de jogar a um nível mais alto. Temos mais três jogos, temos só um ponto, temos de apontar para a vitória, não há outro caminho», defendeu.
«Culpar o Antunes não é justo»
No último jogo na liga ucraniana, frente ao Karpaty, o Dínamo Kiev venceu por 4-1, com uma das melhores exibições da temporada. Uma evolução que resulta dos treinos ou é mais uma questão psicológica? «Acho que é mais psicológico. Já falei nisso aos jogadores. No jogo anterior tínhamos feito 107 quilómetros, neste último fizemos 122. É uma grande diferença. Temos de jogar na máxima força, temos de jogar sempre com intensidade. Eles têm de acreditar que para vencer têm de se dedicar ao máximo», comentou.
No primeiro jogo, a imprensa ucraniana apontou o dedo a Antunes, relacionado o lateral português aos dois golos do Benfica. «Fiz uma análise ao jogo inteiro, não faço análises individuais, temos de olhar para a equipa toda. Não podemos culpar o Antunes nem no primeiro, nem no segundo golo. Temos e olhar para todos. Culpar o Antunes não é justo», comentou.
Fora do jogo fica por lesão fica Yarmolenko, internacional ucraniano e uma das principais figuras do ataque do Dínamo. «O Yarmolenko é um líder, faz sempre falta no Dínamo, mas temos uma concorrência forte e os jogadores mais novos têm demonstrado qualidade e uma grande vontade de mostrar o seu valor, vamos ver», destacou ainda o antigo internacional ucraniano.
