O FC Porto perdeu esta noite na Alemanha, por 3-2, num duelo entre «vices» dos respetivos países, e caiu para o terceiro lugar do Grupo G da Liga dos Campeões.

Diante de um Leipzig fulgurante em termos ofensivos, sobretudo nos primeiros 45 minutos, na Red Bull Arena os dragões não tiveram asas para voar mais alto e acabaram por permitir um triunfo merecido à equipa de Bruma, que jogou de início.

Conceição apostou em José Sá no lugar de Casillas (além de Layún a lateral direito em vez de Ricardo Pereira) e logo aos 9’ o guardião azul e branco comprometeu, ao soltar um remate de Bruma, de fora da área, permitindo a recarga a Orban para o primeiro golo.

Muito mais intensos sobre a bola, os alemães dominavam o meio-campo diante de um FC Porto constantemente pressionado e com dificuldades de sair para o ataque de forma organizada.

Era difícil ligar dois passes. Ainda assim, na primeira oportunidade portista, chegou o empate: aos 18’, num lance de canto em que Felipe e Marcano foram decisivos no jogo aéreo, Aboubakar atirou de pé esquerdo para a igualdade e tornou-se no quarto melhor marcador de sempre do FC Porto na Liga dos Campeões (nove golos).

Apesar do golo portista, a rotação do Leipzig não baixou e os dragões continuaram a ter os mesmos problemas na segunda metade da primeira parte. Resultado prático disso mesmo… dois golos de rajada para o Leipzig: aos 38’ Forsberg aproveitou buraco e a assistência primorosa de Sabitzer para fazer o segundo e aos 40’ foi a vez de Augustin agradeceu o mau domínio de Marcano para se isolar e fazer o 3-1.

Nenhuma culpa aqui para Sá, desamparado.

Com o resultado a avolumar-se, o FC Porto reagiu ainda antes do intervalo e reduziu de novo de bola parada, num canto de Telles em que Herrera apareceu a tocar de cabeça ao segundo poste para Marcano, que fez o 3-2.

RB Leipzig-FC Porto: filme do jogo

O Leipzig comprometia os ganhos do seu ataque avassalador com fragilidades defensivas. E se é verdade que na segunda parte os alemães baixaram consideravelmente a intensidade, também o é que o FC Porto foi demasiado curto ofensivamente, caindo em termos físicos à medida que o jogo avançava.

Por outro lado, Forsberg continuou a ser um perigo à solta e Naby Keita foi segurando o meio-campo. Mesmo com um ritmo mais baixo o Leipzig esteve mais perto de fazer o 4-2 do que de sofrer o 3-3. Assim se justifica a derrota do FC Porto, que dentro de duas semanas tem a oportunidade de emendar a mão frente a este Leipzig que é um portento ofensivo.

Em caso de vitória poderá até recuperar o segundo lugar – em causa não está para já a liderança do Besiktas, que esta noite foi vencer ao Mónaco.

Para querer continuar entre a elite do futebol europeu, algo terá de mudar na equipa de Sérgio Conceição. Esta noite, faltaram asas a este dragão.