Com uma magra vantagem de 1-0, conseguida através de um golo de grande penalidade na primeira mão, a Juventus deslocou-se ao Mónaco com um estratégia claramente definida e impecavelmente posta em prática: fechar os espaços junto à baliza, para evitar que os monegascos marcassem.

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Com  João Moutinho e Bernardo Silva no onze titular, o Mónaco entrou determinado a chegar ao golo e, pelo menos empatar a eliminatória. Durante toda a primeira parte, a formação comandada por Leonardo Jardim parecia estar sempre prestes a marcar, mas o golo nunca chegou. A primeira grande oportunidade resultou de um lance de João Moutinho com Bernardo Silva, com o antigo jogador do Benfica a ver Barzagli a cortar in extremis junto à linha de golo. E Moutinho ainda viu o mesmo Barzagli bloquear-lhe um remate na área.
 
Do outro lado, apenas uns pormenores de Pirlo, na forma de passes em profundidade, que pareciam teleguiados, interromperam o sentido único do ataque.
 
Apesar do desgaste da primeira parte, os monegascos entraram ainda mais fortes na segunda metade. Ao intervalo Jardim mexeu na equipa, fazendo entrar Berbatov para reforçar o ataque. Seguiram cerca de 20 minutos de grande intensidade ofensiva do Mónaco, com Buffon a ver o perigo rondar-lhe constantemente a baliza.
 
Aos 51 minutos o golo esteve mesmo à vista com Moutinho a cruzar, a bola a pingar junto ao poste após uma má saída de Buffon e Evra a salvar junto à linha de golo antes que Berbatov rematasse.
 
A bola bem pairava na área de Buffon, mas a reforçadíssima defesa italiana esteve sempre à altura de impedir males maiores.
 
Com o passar do tempo, o desgaste dos momegascos era mais visível e resultou num aliviar da pressão atacante. A Juventus começou então a respirar melhor e arriscar algumas tímidas saídas para o ataque, mas sem grande convicção. O empate a zero servia a pretensões dos italianos e arriscar sofrer o golo não estava nos planos de Allegri.
 
Até ao final do encontro, o Mónaco foi tentando chegar ao golo, mas o perigo era cada vez menor, até que o inevitável apito do árbitro chegou.
 
A Juventus conseguiu assim a passagem às meias finais da Ligas dos Campeões sem ter precisado de puxar dos galões.