Depois da final perdida há dois anos, em Lisboa, o Atlético Madrid quer ajustar contas com o Real neste sábado em Milão.

Diego Simeone perspetivou em conferência de imprensa o embate entre as duas equipas da capital espanhola e contou como recuperou a equipa após o célebre jogo no Estádio da Luz, no qual a formação colchonera esteve a vencer até ao período de descontos. «Começar a treinar com a mesma paixão, competência e intensidade é o que tem feito este grupo desde o primeiro dia desde Lisboa», referiu.

O treinador argentino lembrou ainda que o Atlético vai apresentar-se em Milão com muitas caras novas relativamente à final de há duas épocas. «Dez futebolistas são diferentes dos que estavam naquele jogo», apontou, elogiando a capacidade que o conjunto que orienta tem de «reinventar-se». «O melhor que este grupo teve foi insistir, preparar-se, levantar-se, reinventar-se, não mudar a identidade, o compromisso. Quando repetes e és insistente, é possível», acrescentou.

«Como vamos jogar? Com 11 na área deles», ironizou. «Às vezes acho graça. Nenhuma das equipas vai mudar muito. Podemos mudar em termos de jogadores, mas a forma não vai variar muito.»

Simeone deixou elogios ao Real Madrid, que considerou ser uma equipa mais coesa com Casemiro, médio brasileiro que no ano passado vestiu a camisola do FC Porto. «A presença de Casemiro dá-lhes a virtude de poderem agrupar-se melhor e manter a força ofensiva. Mudou a cara da equipa.»

O treinador do Atlético respondeu às acusações de «anti-futebol» imputadas à sua equipa. «As opiniões são para se respeitar. Todos podem opinar: no futebol, tal como na política e na religião.»

«Jogar uma final é algo fantástico. Ganhá-la é supremo», disse ainda Simeone, para quem não pesa a pressão. «Agrada-me ter 113 anos de história às costas», apontou.