O Manchester City passou aos quartos-de-final (1-5 no total das duas mãos), mas não se livrou esta noite de sofrer a primeira derrota caseira esta época.

Basileia venceu o duelo desta noite por 2-1, mas o 4-0 da primeira mão já servia de garantia a uma passagem confortável da equipa de Pep Guardiola, que se afirma como uma das principais candidatas à conquista desta edição da Liga dos Campeões.

A goleada trazida da Suíça, já o indiciava, mas este City, que habitualmente joga com a precisão de um relógio, não estava interessado num ritmo elevado nesta segunda mão.

Os pupilos de Pep adiantaram-se no marcador bem cedo, aos 7’, mas a partir daí não mostraram pressa em chegar aos «quartos».

Aqui, bem podemos fazer um desconto de tempo para destacar a classe de Sané e de Bernardo Silva. O alemão rompeu pelo centro do terreno para servir o português, que tocou para Gabriel Jesus surgir ao segundo poste para inaugurar o marcador.

A beleza da simplicidade. O golo foi um dos raros momentos «à Pep» deste jogo. Os restantes fogachos foram protagonizados quase sempre por Sané e Bernardo. Quanta leveza, quanta classe de ambos.

Sobre o lado direito do ataque, brilhou a espaços o português, o único, a par de Gundogan, a manter a titularidade em relação ao jogo da primeira mão. Pep mudou dez na equipa, mas nem por isso apresentou um onze fraco. Os suplentes de Guardiola estão uns patamares acima dos titularíssimos de Raphael Wicky.

Manchester City-Basileia, 1-2: ficha e jogo ao minuto

Esta noite, porém, ninguém arriscaria afirmá-lo. Sobretudo quando Elyounoussi começou a dar corda à máquina suíça. O norueguês de origem marroquina liderou a reação do Basileia e dez minutos depois do golo caseiro, empatou a partida, beneficiando de um ressalto após jogada de Riveros.

Empatado a uma bola, o jogo seguia em ritmo de treino enquanto o tempo passava. O City tinha a habitual bola no pé e laivos de criatividade, mas estava longe da intensidade do costume na zona intermédia e da velocidade no último terço do terreno.

Elyounoussi, por sua vez, estava bem desperto e aos 72’ ganhou uma bola sobre a direita, rodou sobre Touré e, em inferioridade numérica, encontrou espaço para servir Lang, que solto na área encheu o pé para chutar para o golo e concretizar a reviravolta.

Se a discussão da eliminatória estava longe (era necessário marcar três golos em 20 minutos), a vitória no jogo parecia ali ao alcance.

Assim foi o merecido prémio de consolação dos helvéticos. O Basileia segurou a vantagem e tornou-se na única equipa a vencer em casa do todo-poderoso Manchester City nesta temporada. A eliminatória, porém, nunca esteve em discussão.

Os suíços conseguiram a proeza de pararem o relógio dos «citizens», sem contudo lhes taparem caminho para os «quartos».