MSN. É inevitável. A sigla mais consagrada do futebol mundial voltou a comprovar o seu sentido e a tendência para momentos de perfeição. Com um contra-ataque a três, entre Suárez, Neymar e Messi, o Barcelona começou a quebrar a resistência do Arsenal. O argentino bisou pouco depois, na sequência de um castigo máximo, e colocou o ponto final na eliminatória? Será pouco arriscado admitir que sim.

EIS A FICHA DE JOGO

Uma hora de jogo em Londres. Giroud sobe mais que Mascherano – faz falta sobre o argentino? – e cabeceia para boa defesa de Ter Stegen. O Arsenal criava a sensação de perigo mas fazia apenas o segundo remate em sessenta minutos de jogo.

Ter Stegen tinha defendido o primeiro, ainda na etapa inicial, quando Oxlade-Chamberlain surgiu em excelente posição mas atirou fraco na direção do guarda-redes alemão. E isto foi o melhor que a equipa de Arsène Wenger conseguiu fazer no Emirates Stadium.

Como seria de esperar, o Barcelona foi impondo com naturalidade a sua ordem e, numa exibição em crescendo, lançou sucessivas ameaças de golo.

A formação orientada por Luis Enrique teve domínio no capítulo da posse de bola, jogou em contenção durante alguns períodos mas terminou a primeira parte a criar grande perigo e manteve esse tendência na etapa complementar.

Houve Mascherano, houve Iniesta, mas o Barcelona nem precisaria de mais que o famoso MSN para inclinar esta eliminatória a seu favor.

O golo de Messi é um perfeito exemplo desta realidade. Minuto 71, pontapé de canto a favor do Arsenal. Oito jogadores da equipa catalã, guarda-redes incluído, em processo defensivo. Neymar a para cá da linha de meio-campo, Luis Suárez e Messi mais à frente. E o que acontece?

O Barcelona recolhe a bola e esta chega a Neymar. O brasileira roda com classe, abre para Luis Suárez à direita. Entretanto, Messi arranca. Suárez devolve a Neymar, que vem em corrida, e o brasileiro só para na área contrária, quando serve Messi. O argentino ainda domina antes de bater, ao oitavo duelo, Petr Cech.

Um momento de comprovada perfeição por parte do trio MSN. Arsene Wenger temia isso mesmo.

A perder, o Arsenal procurou naturalmente a resposta mas não ficam para a história reais oportunidades de golo. Aliás, seria um dos elementos lançados para a possível recuperação a comprometer ainda mais as aspirações da equipa londrina.

Flamini entrou ao minuto 82 e, no primeiro lance, comentou grande penalidade. Após corte incompleto de Mertesacker na área, Messi surgiu em velocidade, antecipando-se ao médio francês. Castigo máximo inquestionável e nova oportunidade para o argentino balançar as redes. Bola para um lado, Cech para o outro, o Barcelona com via aberta para os quartos de final.