Zinedine Zidane está à beira de poder repetir o feito que Carlo Ancelotti conseguiu em 2014, vencer uma Liga dos Campeões ao serviço do Real Madrid.

E se esta será a estreia de Zizou numa final da Champions, enquanto treinador principal, o mesmo não se pode dizer quanto ao seu historial na competição como adjunto. É que, há dois anos, em Lisboa, o francês era adjunto de Ancelotti, vivendo de perto a emoção de conquistar o troféu.

Ora, naturalmente, essa proeza foi destacada na conferência de antevisão do encontro com o Atlético de Madrid, mas Zidane foi chutando-a para o lado sempre que possível, preferindo destacar as dificuldades que o jogo trará.

«Vai ser um jogo difícil, não duro, porque isso remete para algo feio. Vai ser muito difícil seguramente, mas estamos preparados. Tivemos 15 dias para prepará-lo e agora os jogadores querem é que comece o jogo»

«Sabemos sofrer e é o que vai acontecer amanhã certamente. Se queres vencer uma final tens de passar por muito sofrimento»

«Trabalhámos muito para isto e é merecido. Posso dizer o mesmo do Atlético Madrid, são duas finalistas merecidas este ano. Chegar a uma final sem sofrimento não existe no futebol, agora é esperar por amanhã para ver o que acontece», começou por dizer Zidane, acrescentando que o triunfo era o final perfeito para a época merengue.

«É diferente, já passei como jogador, depois como adjunto e agora como treinador principal. Chegar a uma final não é nada fácil, o que estes jogadores fizeram foi fenomenal, e agora era a cereja no topo do bolo. É uma final e estamos todos contentes por poder disputá-la»

«Não creio que seja um fracasso se não vencermos. Nada nos vai retirar o mérito pela caminhada que fizemos. Fracasso só se for pela mentalidade. O que posso dizer é que estamos muito preparados»

«Creio que estamos um pouco melhor do que o último jogo com o Atlético Madrid, mas numa final isso não conta para nada. Numa final é 50-50, não há favoritos», sublinhou.

A determinada altura, Zidane foi confrontado com alguns elogios proferidos por Materazzi, central italiano que esteve na origem da sua expulsão no último jogo da carreira de jogador. A resposta foi um tanto ou quanto atabalhoada.

«Fico satisfeito pelo trabalho realizado até agora, um trabalho duro para chegar a esta final. Estamos conscientes do que fizemos ao chegar à final. Se Materazzi o disse, bem, não posso dizer nada, é o meu trabalho e estou satisfeito pelo que fiz até agora», indicou, garantindo também que vai estar mais nervoso do que o costume durante o encontro.

«Amanhã vou estar um pouco mais tenso certamente, mas faz parte da profissão, e gosto desta pressão. Vivi isto como jogador mas não tem nada a ver como treinador. Oxalá um dia vivas isto como treinador, disse-me Ancelotti em Lisboa, e agora aqui estou», lembrou.