Um agarrão de Vida a Luisão lançou o Benfica para um novo triunfo sobre o Dinamo de Kiev. Salvio voltou a marcar de penálti, tal como na Ucrânia, mas na segunda parte também a equipa visitante foi chamada à marca de onze metros.

Ederson redimiu-se então da falta cometida e segurou o triunfo, com o qual o Benfica iguala o líder Nápoles na classificação do Grupo B da Liga dos Campeões, com sete pontos.

E a duas jornadas do fim, o Benfica garantiu desde já que, no mínimo, terá a possibilidade de disputar a Liga Europa na segunda metade da época

Congestionamento mesmo até ao descanso

A primeira parte foi um verdadeiro jogo da paciência, muito por mérito do Dinamo de Kiev, que condicionou o Benfica com um bloco coeso e subido no terreno. Isto gerou um congestionamento a meio-campo que, pelo menos numa fase inicial, satisfez as pretensões da equipa ucraniana.

O Benfica teve de sacar o trunfo das bolas paradas, com a primeira oportunidade a sair da cabeça de Luisão, mas a passar por cima da barra (10m).

Para ver perigo de bola corrida foi preciso esperar pelo minuto 22, com a clarividência de Pizzi a descobrir Salvio na área e este a tocar para Grimaldo, que cabeceou de pronto para boa defesa de Rudko (22m).

Depois de uma fase inicial em que caiu excessivamente no fora de jogo, na tentativa de explorar as costas da defesa encarnada, o Dinamo deixou o primeiro sinal de perigo ao minuto 35, com o ex-benfiquista Derlis González a sentar Luisão mas depois a ver Lindelof intercetar o remate.

Nos minutos seguintes a equipa ucraniana tentou instalar-se no meio-campo contrário e criou mais duas situações de perigo, incluindo um cabeceamento por cima de Vida, que mesmo em cima do minuto 45 condicionaria a estratégia da sua equipa com um penálti desnecessário.

O agarrão do defesa croata a Luisão, na sequência de um canto, deu a Salvio a oportunidade de inaugurar o marcador da marca de onze metros. Tal como em Kiev.

Das saudades de Fejsa à redenção de Ederson

A vantagem no marcador deu mais espaço ao Benfica, mas a desinspiração de Mitroglou, confirmada no início da segunda parte, em três capítulos, inviabilizou o golo da tranquilidade.

Um tento que Gonçalo Guedes fez por merecer, ao longo do jogo, mas que os ferros da baliza negaram em dose dupla, ao minuto 54. Nada incomodado com as comparações a Isaías, o jovem avançado atirou uma «bomba» à trave da baliza de Rudko, com a bola depois ainda a bater no poste, após uma má abordagem de Rudko.

O segundo golo encarnado parecia mais próximo do que o empate, mas a saída por lesão de Fejsa, ao minuto 57, abanou a equipa de Rui Vitória.

O Benfica perdeu o controlo do jogo e esteve em vias de sofrer o empate «na mesma moeda». Ederson precipitou-se numa saída aos pés de Derlis e cometeu grande penalidade, mas depois redimiu-se ao defender a conversão de Junior Moraes.

A sensação de alívio trouxe maior conforto ao Benfica, que nos instantes finais lá conseguiu gerir melhor o jogo, com André Almeida a juntar-se a Samaris para assumir a herança de Fejsa.