A Assembleia Geral da Liga de Clubes rejeitou esta segunda-feira, por unanimidade, a antecipação de eleições, no âmbito da possível entrada imediata em vigor de uma norma que altera a composição e funcionamento dos órgãos sociais.

«Era uma questão puramente técnica relacionada com o artigo 84. Apesar de Pedro Proença ter colocado à assembleia geral essa possibilidade, foi entendido, por unanimidade, que a mesma norma só entrasse em vigor no próximo mandato», explicou Sónia Carneiro, diretora executiva para a parte jurídica.

A direção, composta por Benfica, FC Porto, Sporting, Feirense, Desportivo Chaves, União da Madeira, Famalicão e Académico de Viseu interpretou a questão da mesma forma, pelo que «não está em causa a legitimidade dos órgãos».

Na prática, os próximos órgãos sociais vão contar com uma direção, conselho jurisdicional e conselho fiscal «mais pequenos e com um modo de funcionamento distinto».

Em dia de Assembleia-Geral (GB), vieram a público notícias que davam conta do suposto pedido de demissão de Pedro Proença. Face a esses rumores, a Liga explicou o que esteve por trás de tudo isso, à margem da apresentação das conclusões da AG.

«Desprendido, Pedro Proença colocou o lugar à disposição, se fosse essa a vontade dos clubes. Estava naturalmente à disposição para existirem eleições, sem prejuízo de voltar a ser candidato. Se se demitisse, não poderia voltar a ser candidato», explicou Sónia Carneiro.