António Salvador parabenizou, no final da Assembleia-Geral da Liga de Clubes que aprovou as propostas do G15, a capacidade de os emblemas que integram o movimento de suportarem «coação» e «pressão» para que a reunião desta tarde não se realizasse e para que as propostas não fossem aceites.

«Fez-se história no futebol português. Os clubes olharam para aquilo que nos pode unir. Discutir propostas concretas para um futebol melhor, mais competitivo e justo. Parabéns aos colegas de direção dos clubes do G15 pelo que sofreram nos últimos dias, coação e pressão para que estas propostas e a assembleia não se realizasse. Não queremos excluir ninguém», vincou o presidente do Sp. Braga, criticando depois a posição do Sporting, que abandonou a AG, tal como o FC Porto, através de Pinto da Costa.

«Esse clube [Sporting] não quer discutir as coisas no seio de todos os clubes e mais uma vez ficou demonstrado o ditado do ‘quero, posso e mando’. Não recusámos propostas nenhumas. Queremos, a partir de hoje, que as propostas sejam discutidas em conjunto. E estamos disponíveis para as propostas deles [de Sporting e FC Porto]», afirmou.

«As propostas que o FC Porto teve para hoje, foram correções de gralhas que nada têm a ver com as nossas propostas, têm a ver com regulamentos em vigor. Não colidem com o que apresentámos hoje», disse, ainda.

No final do encontro, após anunciar a aceitação das propostas do G15, Mário Costa, presidente da AG da Liga de Clubes, esclareceu que as propostas de leões e dragões foram levadas à assembleia e só depois recusadas.

«Elas são votadas na generalidade e depois na especialidade. Ao chumbar na generalidade, obviamente não vão a especialidade. Em termos regulamentares, foram apresentadas dentro do tempo, senão não eram trazidas para a assembleia. Sobre isso não tenho nada a acrescentar», referiu.