Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, na conferência de imprensa após a derrota frente ao Besiktas no Dragão (1-3):
 
«Disse que não abdicaria daquela que tinha sido a nossa equipa até então. Iniciámos o jogo com alguma falta de agressividade, sofremos um golo quando estávamos precavidos para aquilo que tínhamos de fazer para não o sofrer. 
Penso que reagimos bem à desvantagem, conseguimos o empate. 
 
Antes disso tínhamos tido uma bola no poste. Depois do empate houve uma grande defesa a remate do Corona. Penso que dos 13 aos 30 minutos a equipa teve um bom comportamento dentro daquilo que era a nossa estratégia para o jogo, aqui ou acolá o trabalho que devia ter sido feito no processo ofensivo não foi bem feito e o segundo golo acentuou mais isso. 
 
Ao intervalo tentei alterar isso, entrámos com grande determinação e vontade de ir à procura do golo, tivemos duas ou três ocasiões, mas não fomos capazes de empatar. Sofremos o terceiro quando estávamos desesperados à procura de não perder o jogo. Se há alguma responsabilidade é minha. Total e assumo. 
 
Na primeira parte, em alguns momentos, os jogadores não cumpriram, mas no principal, em termos globais, o culpado sou eu.» 
 
[Fazer mais com os mesmos e com a mesma ideia] «Com os mesmos tem que ser, obrigatoriamente até janeiro, mas sim. Acho que os ses mais ou menos defensivos não tem a ver com a quantidade de jogadores com que jogamos na frente. Acho que essa dinâmica que temos de ter em termos defensivos, penso que até hoje tínhamos interpretado da melhor forma. Não me lembro de grandes oportunidades do Besiktas. 
 
Em alguns momentos senti sim que podíamos ter o meio-campo mais povoado, e as minhas mexidas foram por isso. Mas acho que não há uma fórmula para o campeonato para o campeonato e outra para a Liga dos Campeões. Há o interpretar de cada jogo como deve ser feito. Achei que para este jogo a estratégia passaria por aí, dar continuidade ao que temos feito. Não ganhámos. Quem não soubesse o resultado e olhasse só para as estatísticas diria que tínhamos feito um bom jogo e ganho. Posso condenar-me nesse sentido, que o futebol é eficácia e porque quando não se ganha a estratégia nunca é boa.»
 
«Foi o equilíbrio no meio campo, no corredor central, que devia ter sido equilibrado por um ou outro jogador quando sentimos dificuldade, mas isso não é trabalhado num treino, é trabalhado de acordo com aquilo que é a nossa organização defensiva e tem sido trabalhado desde o início. Esses processos e essas movimentações de preencher do espaço que queremos, não pode ser de um dia para o outro ou porque vamos jogar com o Besiktas, ou com outro.»