Maximiliano Allegri disse, na antevisão ao jogo, que a Juventus ia precisar de ter bola para evitar a avalancha ofensiva do Real Madrid. Não conseguiu e, por isso, foi uma espécie de falsa partida dos campeões italianos.
O Real dominou a fase inicial do jogo e cedo começou a acercar-se da baliza de Gianluigi Buffon, obrigando mesmo o guarda-redes internacional italiano a aplicar-se perante um disparo de meia distância de Gareth Bale.
Gareth Bale Amazing Longshot Buffon great save... por zidanekrisz
Antes disso, Benzema e Cristiano Ronaldo já tinham feito mira das redes italianas, mas a pontaria dos avançados merengues revelou-se pouco acertada.
O internacional português viria, no entanto, a tornar-se figura incontornável do jogo ao cobrar de forma eficaz uma grande penalidade cometida pelo experiente Giorgio Chiellini sobre James Rodríguez.
Depois disso vieram os festejos merengues: passavam para a frente da eliminatória e Cristiano Ronaldo igualava Messi, no topo dos melhores marcadores de sempre (77) e desta edição da Liga dos Campeões (10), e Di Stefano com 307 golos com a camisola do Real Madrid.
Cristiano Ronaldo (307) has now equaled Di Stefano as Real Madrid's 2nd joint all-time topscorer. pic.twitter.com/PneRITi8N7
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May 13, 2015
He shoots. He scores! @Cristiano gives his side the lead from the spot, his 10th goal in #UCL semi finals. pic.twitter.com/qOpNjdz0sn
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May 13, 2015
A Juventus só apareceu, verdadeiramente, no relvado do Santiago Bernabéu após o golo sofrido, já que, até então, só um disparo de Arturo Vidal levou Casillas a participar ativamente no jogo.
Com o crescimento dos campeões italianos alterou-se a dinâmica de jogo e o Real arrumou-se no seu meio campo tentando criar metros nas costas da defensa da Velha Senhora. E foi precisamente assim que voltou a esboçar um lance de perigo com Ronaldo, após lançamento de Bale, a ser altruísta e não visar a baliza.
O português foi crescendo no jogo e, ainda antes do intervalo, voltou a tentar marcar, mas a bola morreu nas malhas laterais da baliza de Buffon.
Uma vez mais, Cristiano Ronaldo ia resolvendo o problema e colocava o Real na frente do jogo e da eliminatória.
«Moratazo»
Duraram pouco os festejos dos merengues porque Morata voltou a ser decisivo, como, aliás, já tinha sido na primeira mão. O espanhol aproveitou uma bola na área e empatou o jogo, abstendo-se de festejar por respeito à Casa Branca.
O golo italiano criou algum desconforto na estratégia madridista e Casillas, o mal-amado das bancadas, foi decisivo em duas ocasiões a negar o golo a Marchísio e Pogba .
À medida que os minutos iam passando a sofreguidão do Real ia-se acentuando e isso foi percetível na quantidade de remates de meia distância protagonizados pela equipa de Carlo Ancelotti .
James e Bale foram elementos recorrentes nesta tendência, a única forma encontrada pelos campeões em título para chegar à baliza de Buffon.
Allegri foi mexendo na equipa, deu-lhe, até, alguma tração atrás com a entrada de Barzagli para o centro da defesa, e foi sobrevivendo sem problemas de maior.
Por isso, e sem grande surpresa para quem assistiu aos segundos 45 minutos, a Juventus carimbou a presença na final da Liga dos Campeões, colocando um ponto final num jejum que durava há já 12 anos.
Em Berlim vai encontrar o Barcelona, numa partida que terá a curiosidade de colocar frente a frente Suarez , Chiellini e Evra, jogador que nunca perdeu um jogo nas meias finais da Liga dos Campeões: oito vitórias e três empates em 12 ocasiões.
Some record for @juventusfcen full-back Patrice Evra! #UCL pic.twitter.com/GMasSNTdRN
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May 13, 2015
De resto, Morata, o herói da eliminatória, pode sagrar-se bicampeão europeu.