O Manchester City joga o tudo ou nada na Liga dos Campeões esta terça-feira, quando no campeonato inglês esteve quase a festejar o título no sábado. Pep Guardiola sabe que não será fácil virar o resultado de 3-0 do Liverpool, mas não dá as meias-finais como perdidas.

«Claro que para passarmos temos que fazer um jogo quase perfeito - criar oportunidades e conceder poucas. Precisamos de ser perfeitos em todas as situações, mas são 90 minutos e tudo pode acontecer. Vamos tentar», disse na antevisão ao jogo, recordando que sabe o que é preciso.

«Temos que jogar melhor para os vencer, não esquecendo que se trata de um jogo simples. Temos de nos focar no que estamos a fazer. Se sofrermos um golo não desistiremos. Já fizemos isso muitas vezes, podemos criar várias oportunidades em pouco tempo. Depois, temos de ser eficazes, mas mesmo que não sejamos, temos de pensar na jogada seguinte», acrescentou.

Nesse sentido, deu como exemplo a derrota frente ao United pela postura da equipa: «Fico contente por perder da forma como perdemos frente ao United. Não gosto de perder, mas foi excecional a forma como jogámos quando o resultado estava 2-3, a forma como reagimos e a exibição que fizemos.»

A reação no momento foi boa, mas Guardiola não sabe como é que a equipa reagirá agora a duas derrotas consecutivas [Liverpool e United], algo que é uma novidade esta temporada: «Não sei. Mas não ser capaz de lidar com isso psicologicamente, será uma lição para o futuro. É um teste. O futebol, tal como a vida, é um desafio.»

O certo é que, para Guardiola, a equipa do City «não é comprável a muitas outras» uma vez que «é extraordinária, é o topo», e mesmo que refira que os citizens precisam de se afirmar nas provas europeias, o treinador espanhol deixou claro que a eliminação não será um desgosto: «Não importa o que aconteça até ao final da época, é uma alegria ser treinador desta equipa.»