FICHA DO JOGO
André Villas Boas, como tinha anunciado, mostrou-se cauteloso, fazendo apenas uma alteração em relação ao jogo do Dragão, deixando Varela no banco para apostar em Cristian Rodríguez. Uma aposta ganha, uma vez que o uruguaio, com um golo e uma assistência, acabou por ser uma das figuras do jogo. O Spartak tinha de marcar cedo para manter aspirações e, por isso, apresentou-se no sintético de Luzhny com as suas linhas bem subidas, proporcionando uma grande concentração de jogadores numa curta faixa no centro do terreno.
Uma conjuntura totalmente favorável ao F.C. Porto, como o próprio jogo encarregar-se-ia de demonstrar, com os homens de Villas Boas, com uma técnica mais apurada, mais habilitados para jogar num espaço apertado. O jogo até estava equilibrado, quando Hulk, sem avisar, meteu a quinta e foi por ali fora, deixando toda a gente nas suas costas para bater Dykan, pela primeira vez, com tranquilidade. Se havia dúvidas quanto à eliminatória, estas ficaram definitivamente enterradas, até porque o F.C. Porto voltou a marcar nos descontos da primeira parte, com Rodríguez a desviar de cabeça um canto de Hulk.
Valery Karpin trocou dois jogadores ao intervalo, enquanto Villas Boas poupou Moutinho, o único jogador que tinha em risco de falhar o primeiro jogo das «meias». A segunda parte começou praticamente com o terceiro golo do F.C. Porto: Ruben Micael destacou Falcao que, depois de uma primeira defesa de Dykan, ofereceu o golo a Guarin. O vencedor estava encontrado, mas ninguém baixava os braços. O Spartak reagiu e reduziu logo a seguir, numa iniciativa individual de Dzyuba a revelar que, afinal, o F.C. Porto não era imbatível em terras russas. Dois minutos depois, novo canto e novo golo para o F.C. Porto, com Falcao a reforçar o seu saldo na luta pelo título de melhor marcador da competição, agora com doze golos.
O jogo seguia intenso, mas com o F.C. Porto a revelar sempre uma segurança inabalável, mesmo quando Ari voltou a reduzir, a vinte minutos do final, por Ari. O F.C. Porto, nesta altura, já tinha igualado o recorde de golos nos quartos-de-final da Liga Europa, mas acabou por destacar-se, a dois minutos do final, com Rúben Micael, depois de um remate de James à trave, a assinar o quinto golo da tarde, o décimo na eliminatória. Esmagador.
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Liga Europa: Spartak-FC Porto, 2-5 (ficha)