MOMENTO
Minuto 67
Mais do que não ter desacreditado, o Sporting acreditou e conseguiu marcar. Os leões ainda não tinham reagido em conformidade com a vantagem no marcador conquistada pelo Besiktas. Mas continuaram a acreditar. Tinham de fazer valer a sua qualidade sem cometerem tantos erros. Aquela apareceu com uma excelente combinação entre Bryan Ruiz e Jefferson. A triangulação foi o mote para o abrir de espaços por entre o Besiktas que se seguiria pelo jogo. Neste lance, após o grande lançamento de Ruiz, também Slimani acreditou, mais do que o guarda-redes. E o argelino conseguiu pôr a bola ao seu eito enquanto Zengin ficou a ver… e a ser batido pela primeira vez. O jogo virou para os leões de vez. Os outros golos foram uma consequência.

FIGURA
Bryan Ruiz
O costa-riquenho esteve em grande plano na segunda parte depois de ter sido muito tapado no primeiro tempo. Começou a rasgar mais espaço pelo seu lado e o primeiro grande momento foi o tal lançamento para o primeiro golo do Sporting. Ruiz soltou-se, jogou, fez jogar mais e marcou com uma excelente conclusão quando não podia falhar. Com uma (grande) assistência sua e um bom golo, o Sporting virou o resultado.

Positivo
A reação do Sporting
O não desistir e não deixar de acreditar não é sinónimo de obter os objetivos. Às vezes é preciso um rasgo de qualidade para as coisas irem ao seu devido lugar. A obtenção do empate pelo Sporting foi um prémio não por uma boa reação ao golo de Gomez – o Besiktas foi-se aguentando -, mas pela crença que esta equipa mostra ter mesmo quando está em situação muito complicada. Não deixa de acreditar. Conseguiu o empate. E, então, foi altura de partir para a superioridade libertando-se das amarras nervosas que a condicionaram durante a maior parte do tempo. A reação leonina mostrou-se com três golos em dez minutos.

Negativo
Os erros defensivos leoninos
Muitos erros de um setor defensivo em que todos os jogadores mais recuados participaram pelo menos uma vez. Todos, desde Patrício até William. Em perdas de bola que podiam ter sido fatais, como foi a de João Pereira, que foi a que resultou no golo do Besiktas. Quando a equipa serenou e se libertou da malha turca, já construindo os ataques, e também a vitória, também os jogadores mais recuados serenaram. Mas está ainda por perceber por que houve tanto nervosismo de início que levou a tantas falhas e perdas de bola…

Outros destaques

Sosa
Autoritário nas marcações defensivas foi determinante para colocar o Sporting inoperante durante quase uma hora de jogo. Conseguido este objetivo na primeira parte, passou da interior direita mais para o centro para entrar nas costas de Mario Gomez e ser o mais influente no meio campo contando com os jogadores das duas equipas até à vantagem do conjunto turco. Saiu para uma aposta mais atacante, mas foi sempre o mais esclarecido na distribuição de jogo do Besiktas.

Sahan
Deixou Jefferson várias vezes para trás quando se mostrou mais forte no um para um, umas vezes pela intensidade sobre a bola com que jogava a equipa turca, outras aproveitando a série de falhas que a defensiva leonina cometeu. Foi quem teve mais oportunidades para decidir o jogo (logo na primeira parte, se calhar…), mas em três ocasiões o máximo que conseguiu foi uma grande defesa de Patrício, depois de um segundo remate perigoso e de um primeiro sem qualquer convicção. Acabou por sair quando o Besiktas já tentava ficar com o empate.

Quaresma
O jogador português do Besiktas também não pode deixar de ser mencionado, pois, se bem qua não tanto em jogo no melhor período da sua equipa – que foi quase uma hora –, entre alguns rasgos pela defensiva sportinguista fez duas trivelas a assistir para golo: na primeira, Mario Gomez não dominou a bola; na segunda marcou o golo da equipa turca.