O que pode fazer/acrescentar um treinador quando pega numa equipa a dois meses do fim da época?

No caso do FC Porto, muito. Se as coisas lhe correrem bem, Luís Castro tem uma Liga Europa para ganhar, além da Taça da Liga e da Taça de Portugal. No campeonato, a diferença para o topo é demasiado grande, até para o mais otimista dos portistas.

Ora, perante tudo isto, Luís Castro contou aos jornalistas o que lhe foi pedido pela SAD do FC Porto no momento em que o escolheu para substituir Paulo Fonseca.

«Pediram-me trabalho sério, honesto, determinado, sempre com espírito de conquista. É isso que estou a tentar passar à equipa. Como pessoa identifico-me muito com o que é o clube e isso é uma mais-valia», referiu o antigo responsável pela equipa B, em conferência de imprensa.

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Luís Castro, aliás, até levou a mal quando lhe foi sugerido a dificuldade da tarefa. Há espaço para impor as suas ideias e tempo para levá-las a cabo, diz.

«Mal de nós se fossemos treinadores e não fossemos capazes de transmitir ao plantel as nossas ideias. A minha preocupação é que os jogadores possam exteriorizar a sua qualidade. São atletas com provas dadas, de top. É isso que vou procurar que eles ponham para fora».

E quando desafiado a romper com o passado recente, ou seja, com o trabalho de Fonseca, Castro foi cauteloso. E simpático.

«Não tenho a ousadia de quebrar o que quer que seja com o passado do FC Porto. Temos de ter tudo em conta e muito respeito. Vou trabalhar e propor aos meus jogadores determinadas tarefas».