Vitória perante um adversário que ainda não tinha perdido em casa, aplausos de quase dois milhares de adeptos portugueses na bancada e a porta dos oitavos-de-final escancarada.

O Sp. Braga foi a única equipa portuguesa a vencer esta noite na Liga Europa e é a que tem melhores condições de continuar na competição.

Num jogo difícil, em que Paulo Fonseca teve de fazer uma alteração no seu habitual onze – sem Goiano teve de adaptar Wilson Eduardo a lateral-direito – os minhotos valeram-se de uma tremenda eficácia para conseguirem uma importante vitória, por 1-2, em casa do Sion.

FICHA DE JOGO DO SION-SP. BRAGA

Entraram bem no jogo os arsenalistas... De tal forma que aos 13’ minutos já inauguravam o marcador. E que golo de Stojiljkovic! Abertura longa de André Pinto e o avançado sérvio a encher o pé direito para atirar cruzado.

Um grande momento de futebol, que seria um bom tónico para a equipa de Paulo Fonseca se os suíços não tivessem acordado ainda que ao retardador com este estremeção.

Luiz Carlos e Vukcevic tiveram dificuldades em conta do recado no meio-campo defensivo quando o 4-2-3-1 dos suíços encaixou no 4-4-2 bracarense, que deixava uma espécie de buraco na frente da defesa.

A saída forçada por lesão de Lacroix, aos 23’, até parecia uma contrariedade para Didier Tholot, mas acabou por não o ser. Em desvantagem, o treinador francês decidiu arriscar a troca do defesa-central pela entrada de Assifuah e a partir daqui o Sion passou a criar perigo real junto da baliza de Matheus.

O extremo ganês pelo flanco direito e o ponta-de-lança senegalês Konaté protagonizaram uma mão cheia de oportunidades.

Os cinco minutos finais da primeira parte acabaram por ser sufocantes. Brinde de Boly para desperdício de Konaté (40’), bomba de Saratic de fora da área (44’) e, melhor ainda, remate cruzado de Assifuah, na área com a bola a sair a centímetros do poste.

Veio o intervalo, mas o Braga voltou a não ter descanso no início segunda parte e nem foi de estranhar o golo dos suíços (53’): Konaté, bem servido na área, bailou na frente de Boly antes de rematar cruzado para o empate.

Parecia que a balança penderia para os suíços, que estavam por cima do jogo, mas o que aconteceu foi precisamente o contrário.

A equipa de Paulo Fonseca reagiu da melhor forma, mostrou maturidade e beneficiou de um lance de inspiração de Rafa. O talento do jovem prodígio apareceu aos 61’, quando recebeu a bola na esquerda, entrou na zona central e à entrada da área disparou sem hipóteses para o guarda-redes letão Vanins.

Estava feito o 1-2 e daqui em diante o Sp. Braga geriu o resultado, apesar de ter terminado o jogo com dez, por expulsão em cima do minuto 90 de Vukcevic, que viu o segundo amarelo por retardar a sua substituição e quase perdeu a cabeça nos protestos com o árbitro ucraniano.

Nada que abale um triunfo fora que pode ser decisivo no desfecho da eliminatória.

O Sp. Braga de gabarito euripeu está de volta, prossegue o notável percurso na Liga Europa e tem as portas dos oitavos-de-final abertas.

E se o sonho de chegar à final, como em 2011, se repetir?