A experiência ainda é um posto e o Rio Ave, caloiro nas lides europeias aprendeu a lição de forma dura. Pedro Martins tinha dito, na antevisão, que não queria que a equipa se escondesse, mas, na primeira meia hora, o Rio Ave pouco mais conseguiu fazer do que tentar evitar que a força atacante do Dínamo Kiev arrombasse a porta da baliza.

Mesmo jogando fora, o Dínamo Kiev instalou-se confortavelmente no relvado, desde o início do encontro, ocupando, sobretudo o meio campo adversário, e começou a mandar no jogo. Lens, Belhanda, Kravets, e Yarmolenko, foram aparecendo na área, e, só por manifesto azar não conseguiram marcar antes dos 19 minutos de jogo. Acabou por ser o capitão de equipa Yarmolenko, após uma boa jogada individual, a rematar cruzado de fora da área, e a bola a entrar ao canto do segundo poste. Cássio não teve hipótese de travar o excelente golo do Dínamo.

A porta estava arrombada e, por mais que o Rio Ave a quisesse fechar, a força do outro adversário era grande. Seis minutos depois do primeiro, foi a vez de Belhanda fazer o segundo, após passe de Lens.

Do outro lado, quer antes, quer depois dos golos, o Rio Ave quase não conseguia fazer mossa. O adversário obrigava a formação portuguesa a manter as linhas muito baixas. Além disso, um meio campo coeso permitia apenas incursões pelas laterais, com Lionn e Tiago Pinto a lançarem a jogada, com Ukra e Diego Lopes a aparecerem em seguida. Ainda assim, Rybka teve uma primeira parte quase sem trabalho, apenas com Diego Lopes a atirar às malhas laterais.

Na segunda parte, o Rio Ave entrou melhor - a bem da verdade, diga-se que o Dínamo também já não precisava de ir com tanta sede ao pote - e a formação da casa começou a conseguir impor um pouco do seu futebol. Taranti, de cabeça, após um livre batido por Bressan, esteve muito perto do golo, mas a bola passou por cima. Depois Ukra tentou de fora da área, Boateng procurou de calcanhar, o remate de Jebor (que entrou para o lugar de Bressan) saiu isolado, e o de Diego Lopes foi travado por Dragovic. O golo não chegava.

Mas o Dínamo não estava morto, nem sequer adormecido. Em contra-ataque do Dínamo, Belhanda a rematar forte para defesa de Cássio que larga a bola. Kravets vai para a recarga, contorna o guarda-redes e atira a contar. Estava feito o 3-0 final.

Se é verdade que o Rio Ave nunca deixou de procurar o golo, é certo também que se mostrou demasiado frágil para a avassaladora entrada do Dínamo de Kiev. Uma entrada negativa na fase de grupos de Liga dos Campeões, mas o caminho ainda está no início.