*por Luís Martins

A FIGURA: André Geraldes, um «pulmão» à direita

Numa partida com pouca qualidade e poucas oportunidades de golo, o destaque vai para o bom jogo de André Geraldes, na lateral direita do Belenenses. Sempre muito eficaz defensivamente, sem dar espaço ao seu oponente, Formella, e a ser um apoio importante para o ataque «azul». Por ali nem um lance de perigo do adversário! Importante no apoio ofensivo, com alguns cruzamentos, com boas combinações com Sturgeon ou Rúben Pinto, o médio que descai mais para a direita, e ele próprio assumiu, por vezes, a iniciativa individual e desceu pelo corredor sozinho para desiquilibrar.

Confira a FICHA DO JOGO

O MOMENTO: Penálti falhado por Tiago Silva

Após bela triangulação do lado direito, Rúben Pinto cruzou para a cabeça de Tiago Caeiro, mas o avançado foi agarrado na área. O árbitro não hesitou e apontou para a marca da grande penalidade. Tiago Silva pegou na bola e...mandou um «balão» por cima. Ao minuto 36, o Belenenses desperdiçou uma flagrante oportunidade para se colocar em vantagem e para vencer a partida.

OUTROS DESTAQUES:

Tiago Silva, uma boa primeira parte
Boa primeira parte do médio ofensivo dos «azuis». Foi o elemento mais esclarecido da equipa de Sá Pinto, a assumir a bola e a organizar o jogo. Bons rasgos individuais a desiquilibrar e algumas bons passes a desmarcar Kuca. O pénalti falhado afetou a sua exibição e nunca mais foi o mesmo. Saiu durante o segundo tempo.

Lovrencsics, o irrequieto extremo-direito polaco
O maior perigo do Lech Poznan, em todo o encontro. A bola era-lhe quase sempre colocada em profundidade e em poucos segundos, o extremo decidia o que fazer: cruzamento ou remate. Um daqueles alas «chatos» que não dá descanso ao lateral e Filipe Ferreira teve uma noite complicada. Muitos, muitos cruzamentos de Lovrencsics, mas os seus colegas não conseguiram finalizar e essa foi a sorte de Ventura e do Belenenses.

Um árbitro «à inglesa»
Boa arbitragem no Restelo do árbitro norte-irlandês, Arnold Hunter, em estreia a dirigir equipas portuguesas. A deixar jogar, a contribuir para um jogo rápido e com poucas pausas, ao qual os protagonistas não souberem corresponder com qualidade de jogo. Penálti bem assinalado e os poucos cartões mostrados foram sempre bem exibidos. Assim sim!

Mau posicionamento defensivo inicial do Belenenses
Pela negativa, os comportamentos defensivos da equipa de Sá Pinto, sobretudo na primeira meia-hora e nos últimos minutos do encontro. Muito espaço entre o duplo-pivot do meio-campo (Ricardo Dias e Rúben Pinto) e os centrais (Tonel e Gonçalo Brandão) que permitiu ao Lech Poznan controlar e ser perigoso, devido à falta de marcação ao número 14 polaco, Maciej Gajos. Era o médio mais ofensivo do Lech Poznan que em dois ou três toques delineava os contra-ataques, colocando quase sempre no irrequieto Lovrencsics, o extremo-direito.