FIGURA: Galeno
Endiabrado, como é seu timbre, no corredor esquerdo. No jogo anterior, a contar para o campeonato, levou um puxão de orelhas de Carvalhal, mas ainda foi a tempo de rubricar uma exibição positiva. Esta noite, para além da prestação foi decisivo ao marcar de cabeça o primeiro golo arsenalista. Antes de sair, ovacionado de pé, ainda serviu Paulinho para o segundo golo da equipa de Carvalhal. Está num grande momento de forma.

MOMENTO: golo de Galeno (44’)
No cair do pano da primeira metade, num dos últimos lances antes do intervalo, a cabeça de Galeno fez os guerreiros ir para os balneários em vantagem. Cruzamento de Esgaio na direita, na sombra do seu opositor Galeno cabeceou com régua e esquadro. O guarda-redes Tsintotas ainda tentou controlar com o olhar, mas a bola caio mesmo no fundo das redes, junto ao poste. O efetivar da superioridade do Sp. Braga.

POSITIVO: 230 dias depois a pedreira voltou a ter adeptos
Foram mais de sete meses; 230 dias sem o calor das bancadas. Esta noite o Estádio Municipal de Braga voltou a ter adeptos, ainda que em condições excecionais em virtude da pandemia. 2200 estiveram nas bancadas, apenas 7,5% da lotação do estádio e com fiscalização da Direção Geral de Saúde. Ainda não é a mesma coisa, mas o som das palmas já faz o futebol parecer novamente um espetáculo.

OUTROS DESTAQUES

Paulinho
Tal como Galeno, também o capitão marcou e assistiu, ainda que numa fase menos importante do encontro. Estreou-se a marcar esta temporada e deu o terceiro dos bracarenses a Ricardo Horta.

Mantalos
O mais dotado tecnicamente desta equipa do AEK, o capitão dos gregos foi aquele que, pelo seu talento, ao longo do jogo foi mostrando ter capacidade para assustar. Esteve sempre bem controlado, mostrou atributos, mas não teve espaço para os soltar.

Castro
Uma formiga trabalhadora e quase invisível no meio campo do Sp. Braga. Sempre ligado ao jogo, o reforço da equipa de Carlos Carvalhal tentou dar ritmo às trocas de bola arsenalistas, distribuindo o jogo com critério no setor intermediário.

Nelson Oliveira
Por vezes desamparado no ataque helénico, o português foi a principal referência do AEK. Armou os principais lances de perigo dos gregos na primeira metade, ficando aquém do esperado na segunda metade num lance em que atirou à malha lateral quando tinha a baliza à sua mercê.