O MOMENTO

23 minutos, autogolo de Casillas: Entrar em campo a perder por 2-0, e com 90 minutos para virar a eliminatória é uma coisa, mas, ter 65 minutos para marcar quatro golos é outra completamente diferente. Aos 23 minutos, Aubameyang faz a recarga a uma grande defesa de Casillas. A bola bate na trave, depois no corpo do guardião, e entra. As imagens televisivas mostram que estava em fora de jogo, mas de nada adiante porque o tento foi validado. O sonho do FC Porto tornou-se numa missão quase impossível a partir daí.

A FIGURA

Danilo: Tentou, tentou, tentou. Na ajuda à defesa, nas transições ofensivas... tentou estar em todo o lado, mas faltou-lhe quem, na frente, desse seguimento aos lances que criou. Apesar de alguns momentos de visível frustração, nunca baixou os braços. Pena, para o FC Porto, que Danilo seja só um

OUTROS DESTAQUES:

Casillas: Um minuto de montanha russa. Uma excelente defesa a um remate de Reus, mas na recarga de Aubameyang, a bola bate na trave, bate no corpo do guarda-redes e entra. Sem culpa no golo, acaba por ser um momento de infelicidade. Na segunda parte, uma defesa instintiva com os pés a negar o golo certo a Mkhitaryan.

Ruben Neves: Mais uma peça forte a dar solidez ao meio campo do FC Porto (fossem todos os setores da equipa assim). Muito poucos passes falhados, algumas boas recuperações de bola, a lançar depois o jogo para a frente. Só faltava alguém a dar continuidade depois.

Evandro: Chamado ao onze depois de várias vezes em que entrou e mexeu bem no jogo, apareceu dinâmico, orientado com a baliza. No final da primeira parte, depois de uma excelente jogada, esteve muito perto do golo, mas a bola acabou por sair ao lado.

Layun: Novamente chamado para ocupar uma baixa no centro da defesa, correspondeu ao que lhe era pedido e ainda tentou dar um ar da sua graça em terrenos mais ofensivos.

Mkhitaryan: Um perigo para as redes de Casillas. Mesmo sem a formação alemã ter carregado muito no acelerador, sobretudo depois do golo, apareceu muitas vezes perto da área portista. Uma mão cheia de bons cruzamentos, e muito perto do golo. Um remate que beijou o poste, e uma grande defesa de Casillas impediram-no de pontuar.

Burki: Já foram poucas as vezes em que o FC Porto encontrou o caminho da baliza, mas quando o fez, Burki mostrou o que vale. Uma grande defesa a um cabeceamento de Varela, quase em cima do intervalo, outra já na segunda parte, a um remate de calcanhar de Aboubakar.

Bender: Uma verdadeira parede. Quando a pressão portista aumentava, Bender parecia estar sempre lá a bloquear um remate, a cortar um cruzamento para a área. Mostrou-se quase sempre um obstáculo intrasponível.Aubameyang: Não esteve particularmente inspirado, mas, oportuno, acaba por estar no lance que matou o jogo para os Dragões. Na recarga de um remate de Reus, viu a bola bater na trave, depois no corpo do guarda-redes e entrar.