Final da Liga Europa
Dnipro-Sevilha (19:45)
Estádio Narodowy, em Varsóvia (Polónia)
Árbitro: Martin Atkinson (Ing)


A final da Liga Europa é um jogo que coloca frente a frente o principal candidato à vitória na prova e um dos mais improváveis finalistas quando se tem em conta as equipas que alinharam à partida para esta competição europeia. Esta quarta-feira, quando resta o jogo de atribuição do troféu, as apreciações já terão de ser fundadas em dois percursos que acabaram por resultar no jogo que acaba por não ser tão inesperado assim.

Mesmo que os pratos da balança de favoritismos continuem desequilibrados. Quando só ainda se pode falar de currículos, sabe-se desde logo que o Dnipro nunca tinha chegado tão longe numa competição europeia. O máximo que a equipa ucraniana tinha conseguido era estar nis quartos de final da Taça dos Campeões Europeus – em 1984/85 e 1988/89, ainda como campeão da União Soviética.

Já o Sevilha entre em campo na Polónia detendo o troféu ganho na época passada, conquistado ao Benfica na final – à procura do quarto troféu na competição (recorde que será absoluto na prova), depois das duas Taças UEFA ganhas também em temporadas consecutivas 2005/06 e2006/07.

O treinador da equipa espanhola, Unai Emery, não se escondeu em jogos mentais e apontou à conquista do quarto troféu privilegiando a motivação em vez da pressão. Já o técnico do Dnipro, Myron Markevych despressurizou confessando que a sua equipa não pensava chegar tão longe na prova.



Mas o facto é que o Dnipro chegou. E, agora, já não surpreende ninguém a pretensão em levantar a taça desta equipa ucraniana que faz da solidez e da entreajuda entre setores umas das suas marcas e forças. A equipa de Markevych sofre poucos golos – sofreu apenas 10 na Liga Europa (o Sevilha consentiu 12) – e não hesita em jogar travando em falta as ameaças atacantes.

O Dnipro é a equipa que cometeu (247) mais faltas na prova (247). Mas é também a que mais sofreu (230). Nesta duplicidade, é do emblema ucraniano o jogador mais faltoso da prova – Rusla Rotam (com 31 faltas feitas – Mbia (do Sevilha) cometeu 29 – mas é também do Dnipro o jogador que sofre mais faltas: Yevhen Konoplyanka – sofreu 45, mais 19 do que qualquer outro).



O Sevilha marca o seu favoritismo pelo ataque assumido, que torna a equipa de Emery a mais concretizadora da prova: 26 golos (o Dnipro tem 13 marcados). Carlos Bacca é o melhor marcador da equipa andaluz (cinco golos); enquanto Nikola Kalinic é o mais concretizador do Dnipro (três golos).

O resultado deste futebol de ataque torna o Sevilha não só uma equipa concretizador, mas, também, ganhadora dos seus jogos. O emblema espanhol é o mais vitorioso da prova com 10 triunfos (mais três empates e uma derrota). O Sevilha só perdeu um jogo nesta edição da Liga Europa – ainda na fase de grupos, na Holanda, com o Feyenoord (0-2).

Já o Dnipro tem um registo mais equilibrado com seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas na competição. Mas, depois de uma fase de grupos sofrível, a equipa ucraniana esteve sempre um jogo sem sofrer golos numa das mãos em todas as eliminatórias. O guarda-redes Denys Boyko simboliza esta garra (sendo um dos totalistas de minutos da prova – como o seu companheiro de equipa Douglas: com 1.290 minutos jogados cada).

O Sevilha apresenta-se com Daniel Carriço como recordista absoluto de jogos na Liga Europa 47, sendo que o português já esteve em campo nesta edição 1.170 minutos. O defesa central deverá ser o único português titular no Sevilha, pois Beto diz-se pronto para jogar, mas a opção deve cair em Rico.
 


Diogo Figueiras também deve começar no banco da equipa andaluz. E é provável que haja um terceiro português como suplente nesta final. Mas a alinhar do lado do Dnipro – e Portugal é assim, o único país com jogadores das duas equipas. Bruno Gama deverá voltar a fazer parte das opções que Markevych guardará para uma posterior fase de mudanças na equipa, como tem sido seu hábito. O extremo português diz-se preparado.
 
 

UEFA Europa League - A caminho da grande Final!

Posted by Bruno Gama on Terça-feira, 26 de Maio de 2015