O Sporting de Braga foi à Islândia vencer e dar um passo importante ruma à fase de grupos da Liga Europa. Aliás, só mesmo uma hecatombe colocará a formação de Abel fora da próxima fase da competição.

Frente a uma equipa que veio da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, os bracarenses sofreram para arrancar uma vitória, ainda que justa, diga-se. Porém, precisaram de puxar dos galões para consumar a reviravolta no marcador para a fase de grupos da Liga Europa ganhar contornos reais.

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Complicações inesperadas para o Sporting de Braga frente ao FH.  Dificuldades impostas por uma equipa que faz do confronto físico, das segundas bolas e do pontapé longo as suas principais armas. Aliás, o golo anotado em cima do minuto quarenta espelha o futebol praticado pelos islandeses: dois passes longos consecutivos com a bola a chegar a Björnsson. O avançado islandês aproveitou a passividade de Esgaio para atirar de forma soberba para o primeiro golo do jogo.

Um golo que surgiu contra a corrente do jogo e que trouxe um resultado nada condizente com o desempenho das duas equipas E acima de tudo, penalizador para a equipa que teve as melhores oportunidades até então.

Refira-se que antes do golo islandês, o SC Braga foi dono e senhor do jogo. Ainda que sem realizar uma exibição de encher o olho, a formação de Abel foi capaz de criar várias situações para abrir o ativo. Algum azar, sobretudo no pontapé de Jefferson devolvido pela trave, aliado a alguma falta de eficácia, transformaram a supremacia portuguesa numa igualdade difícil de quebrar. Pelo menos até ao pontapé certeiro de Björnsson.

Antes do momento de inspiração do extremo, apenas a espaços os vice-campeões islandeses conseguiam chegar perto da baliza de Matheus. Como dito anteriormente, numa dessas saídas, colocaram-se na frente da eliminatória.

A vantagem do FH ao intervalo obrigou que o Braga elevasse qualidade do seu jogo. E assim foi. A formação de Abel surgiu a pressionar mais alto e com melhor capacidade para criar jogo no meio-campo ofensivo. A partir daí, as situações de golo surgiram em catadupa.

Xadas - um dos melhores em campo - viu Doumbia tirar-lhe o empate. Imediatamente a seguir foi Hassan a desperdiçar dentro da pequena área.

Adivinhava-se um golo português na Islândia, tamanha a superioridade demonstrada. E o empate acabou por chegar graças a Paulinho. Chamado para o lugar de Rui Fonte, o antigo avançado do Gil Vicente estreou-se a marcar com a camisola do emblema minhoto e recolocou alguma justiça ao marcador. Com o empate, o Braga cresceu e embalou para o triunfo.

Um quarto de hora depois, a pressão alta dos bracarenses surtiu efeito. Fransérgio recuperou em terrenos adiantados, conduziu até à entrada da área e lançou Stojiljkovic. O sérvio recebeu e disparou forte, sem hipóteses para Nielsen.

A vantagem revelou um Braga calculista, a jogar com o resultado e com o relógio. algo nunca visto no encontro. Contudo, essa tentativa de segurar a vantagem mínima por pouca não saiu gorada. Valeu Matheus a evitar o empate no último suspiro do FH.

Em suma, melhor o resultado do que a exibição perante um adversário perfeitamente ao alcance desta equipa do Sporting de Braga.

A porta para a fase de grupos está praticamente escancarada.