Primeira parte excelente, segundo tempo de cuidados e vitória do Sevilha para a história. Numa frase, o resumo de uma final que fez os possíveis para não cair no esquecimento. Sobretudo num primeiro tempo dinâmico e inesperadamente bom. No final venceu o favorito. O quarto troféu do Sevilha nesta competição, mais do que qualquer outra equipa.
 
A vitória da equipa espanhola, que teve Daniel Carriço de início e Beto e Diogo Figueiras no banco, era o cenário mais plausível, pois o Dnipro trouxe até à final o estatuto de outsider da competição, que ostentava desde o início da fase do «mata mata».
 
A equipa ucraniana, com Bruno Gama também entre os suplentes, até começou bem, com Kalinic a abrir o marcador cedo. Um lance simples, com apenas quatro toques entre uma área e a outra.
 
O golo, contudo, não disfarçou a maior força do Sevilha que, a partir daí, carregou sem misericórdia sobre o rival. A reviravolta surgiu em apenas quatro minutos.
 
A jogar em «casa», o polaco Krychowak empatou por entre o emaranhado de pernas na área ucraniana, após canto. Bacca, com uma finalização excelente após um passe também ele brilhante do ex-benfiquista Reyes, fez o 2-1 e o primeiro da noite para a conta pessoal.
 
Adivinhava-se que seria o mote que faltava ao Sevilha para construir uma vitória sólida, mas, em cima do intervalo, de livre, Rotan fez o empate e voltou tudo à estaca zero. Com uma diferença: quem desconfiava do jogo perdia argumentos. Não estava a ser nada mau…
 
Bacca acaba com o medo
 
O primeiro tempo prometeu muito e o segundo em nada cumpriu. Bem mais enfadonho porque o apito final tornou medrosas as duas equipas. Afinal, o caminho para um golo marcado é quase tão curto como o de um golo sofrido. E um prejuízo na hora erra pode tornar-se irreversível.
 
Foi o que aconteceu ao Dnipro. Uma atrapalhação a tirar a bola da sua defesa permitiu a Vitolo isolar Bacca. O colombiano disparou certeiro emergindo do clima de medo para se afirmar como figura maior da partida e dar a quarta Liga Europa ao Sevilha.
 
Até ao final destaque apenas para o momento de tensão que se viveu em Varsóvia quando Matheus caiu inanimado no relvado, já perto do fim. O brasileiro, antigo jogador do Sp. Braga, tinha chocado cabeça com cabeça minutos antes. Aparentemente, recuperou os sentidos ainda no relvado.
 
Uma nota à margem de um jogo que teve o vencedor esperado mas um argumento, quiçá, bem diferente do que se previa. O Dnipro caiu de pé, na final. O Sevilha confirma-se como rei da Liga Europa.