O Belenenses saiu de Gotemburgo com um empate sem golos e assegurou a passagem ao play-off de acesso à fase de grupos da Liga Europa. A equipa portuguesa fez, assim, valer o triunfo (por 2-1) no jogo da 1ª mão no Restelo e fê-lo com toda a justiça mostrando-se também melhor do que a equipa sueca nesta 2ª mão.

A equipa de Ricardo Sá Pinto fez um bom jogo para dominar o jogo que foi decorrendo no Estádio Gamla Ullevi. O Belenenses só teve o seu apuramento ameaçado cerca de uns «breves» 20 minutos ao longo da partida desta quinta-feira. E foi a equipa portuguesa quem mais (bem mais) perto de marcar esteve – tanto na quantidade de ocasiões de golo como no tipo de lances. O que também traduz que o «Belém» não só mereceu seguir em frente como merecia fazê-lo com mais um triunfo.

Gotemburgo-Belenenses, 0-0

O Belenenses encaixou o assédio inicial do Gotemburgo – que não foi tão dominante assim. E a equipa portuguesa foi mesmo a primeira a criar uma verdadeira oportunidade de golo (aos 11 minutos). O Belenenses não só impôs respeito aos suecos, como se foi tranquilizando na espera pela iniciativa adversária.

O Belenenses foi transformando essa tranquilidade em confiança e foi conseguindo trocar a bola mais perto da área sueca. O Gotemburgo apenas foi conseguido aproximar-se da baliza de Ventura de bola parada, mas, mesmo assim, sem conseguir colocar a equipa de Sá Pinto em apertos.

A serenidade conseguida pelo Belenenses no futebol jogado que servia os seus interesses foi tendo expressão no melhor jogo da equipa portuguesa que saiu para o intervalo a jogar mais perto da baliza adversária do que o contrário.

Foi o mesmo Belenenses sólido que regressou dos balneários para manter sem ideias o Gotemburgo. E foram também os azuis do Restelo a criarem a primeira grande oportunidade do segundo tempo (57 minutos): mas o cabeceamento de Miguel Rosa foi um desperdício para conseguir uma segurança que, sem exagero, até já começava a ser merecida.

À passagem da hora de jogo, um lance individual de Ankersen obrigou Ventura a uma defesa muito difícil precisando o guarda-redes português da «ajuda» do poste para pôr fim ao lance. Mas este momento marcou uma viragem no jogo no que às atitudes das equipas respeita. O Gotemburgo entusiasmou-se em relação ao que precisava de fazer para inverter uma eliminatória a favor da equipa portuguesa; o Belenenses perdeu muita posse de bola.

Suecos ameaçam, Sá Pinto responde

Sá Pinto reagiu de pronto fazendo a primeira alteração na sua equipa. O treinador do Belenenses tratou de recuperar os equilíbrios que se vão perdendo com o passar dos minutos, com o cansaço. E também porque já esperava mais risco por parte dos suecos. Jorgen Lennartsson assim fez refrescando peças para continuar a tentar explorar os flancos (sobretudo o direito).

O Gotemburgo acabou por ficar mais perigoso mercê do risco que aumentou. E começou a traduzi-lo em remates – sobretudo numa ocasião aos 81 minutos quando Pettersson cabeceou sozinho. Mas também o Belenenses recuperou equilíbrios com o fôlego novo na frente a afastar um pouco mais o Gotemburgo da baliza de Ventura e povoando melhor a zona mais defensiva à medida que os minutos iam desaparecendo.

A equipa sueca acabou por sucumbir à estratégia da equipa portuguesa, que fez prevalecer a regra deste jogo apenas perdida durante pouco mais de 20 minutos de jogo. O Belenenses voltou a ficar por cima do jogo e, como foi hábito na partida, foram os azuis do Restelo que tiveram a última oportunidade – soberana – de golo para desfazerem o nulo que já servia à equipa portuguesa.