FIGURA: Raphinha
Tomou-lhe o gosto, o extremo de 22 anos. Depois de se ter estreado a marcar com a camisola do Sporting no último jogo - receção ao Marítimo para a Taça da Liga -, o brasileiro voltou a fazê-lo, desbloqueando um jogo que teimava em ficar decidido. Depois de surgir oportuno a dar o melhor seguimento ao cruzamento de Nani, cresceu com o golo e partiu para uma excelente segunda parte. Aos 78 tentou servir Bruno Fernandes, mas viu um defesa cortar no momento certo o que poderia ter sido o 2-0, aos 85 isolou o mesmo companheiro, que falhou a receção e perdeu nova oportunidade para dilatar a vantagem. Mas à entrada do último minuto encontrou o parceiro ideal, cruzando para Jovane matar o jogo. Um golo e uma assistência como cartão de visita. Nada mau.
MOMENTO: Jovane amuleto Cabral acaba com as dúvidas (89’)
Tente lembrar-se de um jogo em que Jovane entrou num jogo do Sporting esta época sem deixar a sua marca? Difícil, não é? E ainda não foi desta, mesmo tendo sido lançado a apenas quatro minutos do final. Aliás, a estreia em competições europeias de Jovane Cabral até foi a partida que menos tempo o caboverdiano precisou para brilhar. Instantes depois de ter substituído Nani, o camisola 77 marcou e acabou com as dúvidas quanto ao vencedor da partida. Será amuleto? Sorte da equipa que tem um jogador que faz a diferença seja qual for o tempo que está em campo.
Outros destaques
Gudelj
Titular pela primeira vez pelo Sporting, o médio sérvio fez a estreia numa competição que lhe dirá muito, ou não tivesse Gudelj participado na caminhada do Ajax rumo à final da Liga Europa perdida para o Manchester United - ainda só tenha jogado a fase de grupos, tendo rumado depois à China. Um pouco mais adiantado do que Battaglia no corredor central, recuperou muitas bolas e deu sempre qualidade à saída do Sporting.
Mathieu
Mais de um mês depois da última aparição, o defesa central voltou de lesão para formar a habitual dupla com Coates e esteve em grande no regresso… até se lesionar novamente. O azarado jogador francês esteve melhor do que o companheiro de setor e foi protagonista inúmeras vezes… no ataque. Aos 8’ tentou de livre direto para defesa difícil de Vágner, aos 40 é dele o cruzamento que isola Montero para o remate de calcanhar que Vágner defendeu e foram inúmeras as vezes que foi a referência procurada pelos companheiros para finalizar lances de bola parada. Aos 74 minutos ficou caído no relvado, de onde só se levantou para ir direto para o banco, sob uma enorme ovação de Alvalade.
Bruno Fernandes
Quando o médio está bem, o futebol do Sporting ganha alma. Quando ele acelera, o coração dos adeptos palpita. E por isso, quando o camisola 8 não está tão bem, isso ressente-se muito na qualidade da equipa. Nesta noite, esteve mais apagado do que é normal – ainda que combativo como sempre – e pode ser por aí que se justifica a menor produção ofensiva dos leões.
Montero
Muito disponível para o jogo coletivo, a cair nas faixas para abrir espaço para a entrada dos médios, mas demasiadas vezes longe das zonas de finalização para quem é a referência ofensiva da equipa. Mas pode-se censurar o colombiano? Nem por sombras. O exemplo perfeito chegou quase a terminar o jogo. É do seu esforço junto à bandeirola de canto que é resgatada para o jogo a bola para o 2-0, que parecia condenada a perder-se por um qualquer linha fora. É normal que a equipa sinta a falta do goleador Bas Dost, mas nunca será a falta de esforço do substituto a ser criticada. Ovacionado no momento da saída.
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Vágner
O guarda-redes que deixou o Boavista no final da última época mostrou neste regresso a Portugal a segurança que já lhe era reconhecida por cá. Isto, apesar de não ter tido tanto trabalho quanto poderia esperar. Aos 8’, mostrou-se atento a um livre direto batido por Mathieu, aos 40’ defendeu um remate de calcanhar de Montero.
Ozobic
Partiram sempre dos pés do médio ofensivo croata as tentativas de reação do Qarabag ao maior domínio do Sporting. Faltou-lhe melhor acompanhamento para que a sua equipa pudesse sair de Lisboa com um resultado melhor.
