Ficaram dois pontos na Turquia. Não há outra forma de analisar o empate do Sp. Braga no reduto do Konyaspor, onde, mesmo após uma primeira parte intragável, ficou a sensação evidente de que os portugueses são muito, muito superiores a este representante turco. Terá de ser em Braga que seja emitida a confirmação, pois em Konya o resultado foi 1-1. O apuramento só não ficou ainda mais complicado porque o Shakhtar bateu o Gent e confirmou-se uma equipa à parte neste grupo. 

Mas essas são contas para o rescaldo. Agora o jogo. 

Foram praticamente 45 minutos de avanço que o Sp. Braga deu ao rival. O primeiro tempo da equipa de José Peseiro foi francamente mau. Sem ideias, sem rasgo, sem oportunidades, sem presença na área. Quase, até, sem incomodar. O Konyaspor ganhava por 1-0 ao intervalo e até poderia estar a vencer por mais. Não seria escândalo nenhum. E dizer isto não significa que os turcos tenham estado muito bem no jogo. Limitaram-se a aproveitar o desnorte bracarense.

Marcou Milosevic num lance, contudo, ferido de legalidade: estava em fora de jogo o avançado do Konyaspor. Foi um pouco como marcar no momento errado já que Bajic, antes, vira Goiano evitar o golo e Sahiner, depois, também ficou perto, mas Matheus foi mais forte.

FICHA DE JOGO e AO MINUTO

Enquanto isso, o Sp. Braga procurava o jogo que só teve após o descanso. A palestra de José Peseiro fez bem à equipa que nem parecia a mesma do primeiro tempo. Mauro e Vukcevic afinaram a parceria e a bola começou a chegar mais vezes à frente. Alan, a novidade de Peseiro no onze, no papel de estratega principal da equipa, não foi sempre o jogador que o Sp. Braga precisava mas dos seus pés saíram os principais lances ofensivos da equipa.

O do golo do empate, por exemplo. É verdade que Skubic facilitou ao deixar passar a bola que Alan queria fazer chegar a Goiano, mas a visão foi do capitão bracarense. Depois o lateral devolveu de primeira e Hassan encostou.

Desfecho lógico para aquele que já era um interessante caudal ofensivo do Sp. Braga. Mas que ficava curto face ao que era preciso e, até, para a crença da segunda metade. Acreditou mais o Sp. Braga. Cresceu, chegou mais perto da baliza. Faltou fazer o segundo.

Mesmo não sendo escandalosas,houve oportunidades suficientes para isso e a ideia que ficava era que o golo seria uma questão de tempo. Peseiro mandava a equipa para a frente, trocando Alan e Hassan por Rui Fonte e Stojilijkovic, uma nova dupla. Que veio mexida, mas pouco mais.

Faltou, outra vez, poder de fogo e até poderia ter sido do Konyaspor o segundo golo, quando Meha (a quem o árbitro poupou o segundo amarelo ao minuto 79) disparou de longe obrigando Matheus a voar.

Um final estranho e de pouca lógica para um jogo de tendências bem definidas: OoSp. Braga foi de menos a mais, mas depois tudo ficou igual. Um ponto para cada equipa.