O Marítimo arrancou um resultado que não é bom nem é mau.
Não é carne nem é peixe.
Não perdeu, e esse é sempre o primeiro objetivo nos jogos fora, mas também não foi além do pior dos empates: um empate sem golos que obriga a equipa a ganhar em casa, na segunda mão desta pré-eliminatória, num jogo marcado para 3 de agosto.
Pela amostra deste primeiro encontro, o Botev Plovdiv é um adversário ao alcance do Marítimo. É uma equipa com um ou outro bom jogador na frente, mas globalmente acessível, e que comete alguns erros no posicionamento defensivo.
A formação portuguesa deixa claro, de resto, que é melhor que este adversário búlgaro.
Os insulares entraram melhor e dispuseram de uma excelente ocasião para marcar logo nos minutos iniciais, quando Rodrigo Pinho atirou a rasar o poste. Foi um sinal do que haveria de ser a primeira parte, com a equipa portuguesa quase sempre por cima.
Confira a ficha de jogo e o relato ao minuto do encontro
Recorde-se que o Marítimo passou por várias dificuldades na viagem para a Bulgária, sobretudo pelos problemas em sair da Madeira.
A comitiva acabou por deixar o Funchal de madrugada, numa solução de recurso, interrompendo o sono e tirando horas de descanso ao corpo.
Apesar de tudo, acabou por não acusar o cansaço, dividindo o jogo e assumindo até controlo do encontro na maior parte do tempo. O Botev Plovdiv, que jogou em casa emprestada, teve uma atitude expectante e explorou as saídas rápidas.
A única exceção a esta regra acabou por ser o início da segunda parte. Nessa altura o adversário búlgaro foi melhor, ficou muito perto de marcar num cabeceamento do ponta de lança Fernando Viana a rasar o poste, num remate de Nedelev para boa defesa de Charles e num novo remate de Nedelev, na marcação de um livre, que obrigou o guarda-redes a efetuar mais uma grande defesa.
Acabou por ser um quarto de hora, apenas.
Depois disso o Marítimo voltou a mandar territorialmente, voltou a assumir a posse de bola e voltou a criar perigo. Éber Bessa, por duas vezes, ficou perto de marcar: na primeira atirou ligeiramente ao lado, na segunda obrigou o guarda-redes búlgaro a grande defesa.
Feitas as contas, portanto, foi um jogo dividido, com três ocasiões de golo para cada lado, mas com o Marítimo com mais bola, mais mandão, a deixar boas indicações para a segunda mão, quando jogar em casa, perante o seu público, e com mais tempo de treino.