Shakthar e Sp. Braga defrontam-se esta quinta-feira para a Liga Europa, num jogo que será especial para Paulo Fonseca.

O treinador português trocou o Minho pelo clube ucraniano e, em declarações à UEFA, explica que não queria defrontar o antigo clube.

«Não queria o Sp. Braga por uma razão muito simples, é um clube onde tenho muitos amigos, uma cidade que cuidou de mim, e onde ganhámos uma Taça de Portugal em 2015/16. Agora eles são adversários e tenho de vê-los dessa forma. Quero vencer o Sp. Braga tanto como quero vencer outro clube qualquer. Sinceramente espero ser bem recebido [quando voltar com o Shakthar a Braga], mas é difícil descrever o que sinto, porque é algo que nunca tive de lidar. Só espero ser feliz no final do jogo com um triunfo», afirmou Fonseca.

Depois pediram ao treinador para comparar as duas equipas e Paulo Fonseca explicou a grande diferença: «São clubes com diferentes objetivos e orçamentos. O Sp. Braga é o quarto clube em Portugal e há um abismo em termos de investimento comparando com os três «grandes», que significa que o Sp. Braga não pode competir. O Shakhtar é um clube que joga para ganhar troféus. Essa é a principal diferença.»

O treinador português explicou ainda que rumou à Ucrânia porque queria «uma experiência no estrangeiro» e sentiu que «era o momento ideal»: «Pensei que o Shaktahar era um grande desafio e nem pensei duas vezes antes de aceitar.»

A adaptação está a correr bem, diz Fonseca, a um país e clube com ideias diferentes das suas. «A minha filosofia é de controlar e dominar o jogo. Precisámos ter a bola. É o que acontece em cada jogo. Nós somos uma equipa atacante, uma equipa que está sempre no meio-campo adversário.»

Depois falou sobre os treinadores que aprecia e elegeu um preferencial: «Há um treinador em Portugal com quem trabalhei e aprendi muito, o Jorge Jesus. E há outros treinadores com os quais aprendi assistindo às suas equipas a jogar: Pep Guardiola, e alguns outros portugueses como José Mourinho, Vítor Pereira, André Villas-Boas e Leonardo Jardim. Mas eu não sou uma réplica de nenhum deles. Tenho minhas próprias ideias.»