O Sp. Braga sai da Ucrânia bem vivo nesta corrida pelo play-off da Liga Europa. O empate a uma bola permite aos Guerreiros do Minho resolver a eliminatória em casa, frente a uma equipa que demonstrou estar uns patamares qualitativos bem abaixo.

Abel Ferreira viu Ricardo Horta a inaugurar o marcador a meio da segunda parte e a dar toda a lógica à superioridade evidenciada pela sua equipa. O mais difícil, marcar um golo, estava feito e o Sp. Braga aparentava ter todas as condições para sair da Ucrânia com uma vitória. 

FICHA DE JOGO E A PARTIDA AO MINUTO

A beleza do futebol, porém, reside em parte na surpresa. No que não se consegue antecipar. E o Zorya aproveitou bem um corte defeituoso de Sequeira - estava apertado, sim, mas não pode afastar de cabeça para aquela zona - para estabelecer o empate final. 

Karavaev arrancou um extraordinário pontapé de primeira e Matheus nada pôde fazer. 1-1 é um retrato enganador, tal a superioridade do Sp. Braga ao longo da partida, sacudida aqui e ali pelas transições nervosas dos ucranianos. 

Foi numa dessas jogadas que o mesmo Karavaev falhou o primeiro golo, ainda bem cedo no jogo. Depois... Braga, Braga e mais Braga. Sem ter feito um jogo brilhante, a equipa arsenalista ficou a dever a si própria mais um ou dois golos. 

Podemos lembrar o lance em que Ricardo Horta apareceu sozinho em frente ao estreante Luiz Philippe, após um lançamento lateral de Claudemir ou um pontapé do mesmo Horta aos ferros. Dois exemplos que sustentam a impressão supracitada sobre a partida. 

Este novo Sp. Braga é uma versão revista e ampliada do anterior, mantendo as mesmas ideias, agora mais aprofundadas. Abel quer a equipa a mandar na bola e a explorar o espaço interior entre os dois médios (Claudemir e João Novais hoje) e o avançado (Wilson Eduardo). Com Fransérgio em campo, tudo parece mais simples. 

O 1-1 sabe a pouco aos minhotos, sim senhor, mas as impressões recolhidas apontam todas no mesmo sentido: a equipa portuguesa é tremendamente favorita para a segunda-mão.