Jorge Jesus, na flash interview da SIC Notícias, após a vitória do Sporting em Astana (1-3) na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa:

«O importante era levar a eliminatória para Lisboa e levá-la com três golos é melhor ainda, mas fomos surpreendidos nos primeiros 20 minutos com a entrada deles e com a velocidade da bola no sintético. O nosso lado esquerdo não conseguia parar o lado direito do Astana, tivemos dificuldades. Estávamos a jogar com pouca intensidade e os jogadores deles estavam a fazer um jogo muito intenso, a meter muitas bolas. Ao intervalo falámos em corrigir e disse-lhes que assim poderíamos fazer golos, e fizemos. Temos jogadores com fadiga, segunda-feira temos mais um jogo em Tondela, e por isso nos últimos 15 minutos descansámos um pouco.»

«Senti que na primeira parte a equipa não estava bem posicionada, o nosso corredor central e esquerdo eram muito vulneráveis e o adversário jogava com muita facilidade. Até eu, com 60 anos, jogo se me derem espaço. No futebol não há ‘time-out’ e não era fácil corrigir o que queria, mas ao intervalo mudámos e depois do 3-1 a entrada do Battaglia foi determinante para dar segurança defensivamente. Três golos em Astana não é fácil.»

«Precisamos, praticamente, de todos e por isso todos se sentem importantes. Alguns que jogaram com o Feirense não jogaram aqui e os que jogaram aqui podem não jogar com Tondela. Mas, de facto, não é fácil. Hoje estava com medo, para além dos problemas do sintético. Ontem treinámos aqui e hoje alguns jogadores queixaram-se das articulações, os amortecedores, como se costuma dizer, começam a dar sinais. Estava com medo, ainda não falei com o Frederico Varandas [médico], mas parece que está tudo bem.»

[Eliminatória decidida?] «Temos de ter uma ou outra cautela, mas claro que dois golos de vantagem na nossa casa pode também servir de muleta para o jogo seguinte. Por exemplo, pôr mais jogadores que não têm jogado porque acredito que mesmo com esses consigamos segurar a eliminatória.»