O Sporting, é verdade, foi quase sempre melhor equipa, mas no fim perdeu.
Perdeu muito por culpa própria, sobretudo porque fez tudo bem até à zona de finalização e fartou-se de falhar na cara do golo. Mas perdeu também porque a defesa do Benfica esteve praticamente intransponível. Num jogo de muito trabalho, os encarnados foram solidários e esforçados: no fim veio a recompensa. Daquelas recompensas em forma de três pontos saborosos e muito, mas mesmo muito suados.
O jogo correu, como já se vê, muito bem ao Benfica.
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O mais curioso, porém, é que começou a correr bem logo desde o início. Praticamente na primeira jogada do encontro, logo aos dois minutos, o central Fábio Cardoso abriu na direita em Ruben Pinto, que cruzou para a área: a defesa do Sporting afastou mal a bola e o mesmo Fábio Cardoso rematou forte e colocado para o fundo da baliza.
Um golo com dedicatória.
Faz hoje dois anos que a mãe do Cancelo morreu, hoje vai ser por ela, pelo Eusébio, por todos os benfiquistas. Do primeiro ao último minuto!
— Fábio Cardoso (@fcardoso04)
January 5, 2015
O Benfica marcava cedo, numa jogada em que expunha a maior fragilidade do Sporting: as bolas áreas na área defensiva. Pouco depois, aliás, Nuno Reis e Rabia haveriam de não afastar outra bola que permitiu a João Teixeira rematar a centímetros do poste...
No entanto é preciso sublinhar quanto antes que, logo depois de estar a perder, o Sporting lançou-se para o ataque. Atacou, atacou e atacou. Criou várias oportunidades de golo, mas nunca marcou.
O jogo, de resto, continuou a correr bem ao Benfica. Tão bem aliás que Hélder Cristóvão apostou num onze com quatro centrais (João Nunes foi adaptado à esquerda e Lindelof foi adaptado a trinco), pelo que quando o Sporting veio para a frente os encarnados já estavam preparados.
Ora por isso a defesa do Benfica foi sempre muito segura: quando alguma coisa falhou, surgiu o guarda-redes Bruno Varela, simplesmente fantástico do início ao fim.
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Sem Wallyson e sem Gauld, ambos castigados, João de Deus apostou em Fokobo e Chaby de início, mas ainda na primeira parte trocou o apagado Chaby por Gelson Martins.
O miúdo de 18 anos, convém repeti-lo, continua a prometer muito: esta tarde atirou o Sporting ainda mais para a frente com técnica, velocidade e irreverência.
Já na segunda parte o treinador trocou também o lateral Mica Pinto pelo ponta de lança Enoh.
O Sporting fez enfim de tudo para chegar ao empate, mas bateu sempre na muralha defensiva. Já nos descontos, por exemplo, Iuri Medeiros cruzou da direita e Gelson Martins cabeceou com selo de golo, mas Bruno Varela voou a segurar os três pontos encarnados.
O Benfica somou assim a nona vitória em 21 jogos e subiu ao quinto lugar.
O Sporting, que contou com Marco Silva na bancada, continua a meio da tabela: mas leva pelo menos a certeza que tem futebol para mais. Os adeptos entenderam isso e despediram-se da equipa com um aplauso. Foi uma derrota injusta, no fundo.
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