Mário Figueiredo, novo presidente da Liga de Clubes, destacou o facto de ter sido o primeiro a ser eleito numa eleição com mais de um candidato, mas apelou à «união» de todos e insistiu no alargamento do campeonato para dezoito clubes.

Mário Figueiredo venceu por seis votos

«Não estava previsto nenhum discurso, mas queria dar um voto de reconhecimento aos anteriores dirigentes da Liga. Fui eleito presidente na primeira eleição disputada por mais do que um candidato. Estou consciente das responsabilidades que os clubes me acabam de entregar. A campanha terminou ontem, mas terminou mesmo, é minha primeira mostrar aos clubes que estou empenhado numa união sem precedentes», começou por destacar.

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«As disputas no futebol são dentro das quatro linhas. Os que em mim confiaram, não fizeram só para ganhar uma eleição, muito menos o fizeram por mim. Fizeram-no pelos clubes. Esta vitória não é só por si o que procuramos. Procuramos a união de todos os clubes em tono de um projecto que defende as intenções de todos e de cada um», acrescentou antes de fazer uma abordagem às suas ideias para o futebol.

«Vamos procurar o alargamento da Liga para 18 clubes. Vamos propor aos clubes um novo mecanismo de distribuição das receitas televisivas. Defenderemos de forma empenhada e intransigente a atribuição aos clubes da publicidade das receitas das apostas online. Os sucessivos governos desde 2005 têm de explicar-nos por que razão Real Madrid, Bayern Munique e Lyon podem recorrer a patrocínios de apostas desportivas e Portugal não pode. Das quatro maiores ligas de futebol do mundo somos a única que não pode», destacou.

O novo presidente defende ainda uma maior exposição ao mercado internacional. «Vamos aumentar ainda mais a competitividade do nosso futebol e tornarmo-nos ainda mais expostos nos mercados internacionais. Isto não se consegue sem os clubes e sem os excelentes patrocinadores da Liga. Vamos recentrar o papel da Liga como uma entidade ao serviço de todos os clubes. Tudo farei para tornar a liga mais autónoma, sustentável e livre de qualquer amarra», referiu ainda.