Estádio D. Afonso Henriques, minuto 37. O V. Guimarães ataca. Perto da bandeirola de canto, Paulo Sérgio sente a pressão de Maxi e Aimar, espera pelo contacto do uruguaio e cai. Livre lateral, próximo da bandeirola de canto. Nada de muito ameaçador para a costumeira defesa à zona do Benfica.



Bruno Teles bate a falta com um pontapé longo, bem para lá do segundo poste, onde Leonel Olímpio a devolve, de cabeça para a chamada zona do agrião. João Paulo tenta um movimento de rotação, que mesmo sem acertar na bola tira Luisão do lance. A seu lado, Marcelo Toscano imita-o e, à meia-volta, beneficia da passividade de Matic, pouco expedito a atacar o espaço. A bola passa na única nesga entre o sérvio e Emerson, e anicha-se no canto esquerdo de Artur que, tapado pelos companheiros, não tem como reagir mais cedo.



Um golo invulgar, para os costumes defensivos dos encarnados, e que deixou patente a falta de Javi García, preponderante neste tipo de lances. Seria o suficiente para impor a primeira derrota ao líder, e relançar a incerteza na Liga. Patente nesse lance, a instabilidade defensiva de um Benfica pouco autoritário estendeu-se aos outros setores do campo. E teve como efeito o primeiro jogo em branco, desde Maio do ano passado.