Minuto 31 no Estádio Cidade de Barcelos. Moralizado pela derrota caseira do Estoril, e pela possibilidade de fazer história com o melhor arranque de sempre, o Gil Vicente faz por procurar a sorte. O jogo está rasgadinho, ou não se tratasse de um dérbi do Minho, entre duas equipas com o quarto lugar como recompensa prometida em caso de vitória.

Pouco antes, Douglas e Paulinho tinham tido um primeiro desentendimento, suficiente para lançar as primeiras faíscas de um jogo marcado por algumas entradas que deviam merecer bolinha vermelha no canto do ecrã. Mas ainda não chegámos a essa fase. Para já, é o Gil quem procura a vitória.

Tem a palavra o seu capitão, César Peixoto, um dos pé esquerdos mais experientes da Liga. A experiência suficiente para saber que num jogo destes é preciso não ter medo de ser feliz. Da direita para o meio, com a bola dominada, Peixoto ganha espaço e arrisca. O remate não sai perfeito, demasiado central. Mas a bola ganha uma trajetória sinuosa, que apanha Douglas a meio caminho e o contorna com requintes de maldade. Paulinho, irritado pelo desentendimento anterior, não desperdiça a oportunidade de acentuar o embaraço do guarda-redes vitoriano, com umas frases à queima-roupa que contribuem para o que virá depois. Mas o mais importante está feito: não voltará a haver golos em Barcelos nesta noite. O quarto lugar do Gil tem pés de Peixoto e penas de frango.


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