O encontro foi condicionado pela chuva que caiu durante os noventa minutos e isso poderá servir de atenuante à exibição menos conseguida pelos jogadores leoninos. Num jogo muito físico e pouco técnico, o Farense foi sempre superior e falhou oportunidades suficientes, principalmente na etapa complementar, para construir um resultado mais amplo.
Leonardo Jardim mudou os nomes, mas manteve o habitual 4x3x3. Marcelo Boeck teve à sua frente um quarteto defensivo que contou com Welder e Piris nas laterais, e Dier e Rúben Semedo no centro. Kikas foi médio defensivo do tridente que contou ainda com Vítor e Gerson Magrão. No ataque estiveram Esgaio, Wilson Eduardo e Carrilo.
Estava o jogo equilibrado quando uma queda de Vítor em disputa com Hugo Luz dentro da área do Farense, levou Nuno Almeida a apontar a marca da grande penalidade. Wilson Eduardo apontou o castigo máximo, mas a bola passou ao lado do poste esquerdo da baliza de Ricardo.
Não aproveitou o Sporting para se colocar em vantagem e o Farense não desperdiçou a segunda grande penalidade do jogo para se colocar em vantagem: na área leonina, Rúben Semedo corta com os braços um cruzamento de Hugo Luz, com Livramento a transformar em golo.
Não existiu reação leonina e Diogo Alves aumentou depois a vantagem do clube algarvio, aos 32 minutos, com um golo de cabeça, na sequência de um livre junto à área de Marcelo Boeck. Os leões reduziram de forma rápida, quatro minutos depois, com Rúben Semedo a aproveitar, depois de uma série de ressaltos na área do Farense.
Mais Dramé que Shikabala
Leonardo Jardim promoveu quatro alterações para o segundo tempo, com as entradas de André Martins, Shikabala, Samba e Dramé, mas foram os leões de Faro que voltaram a marcar, por João Reis, aos 61 minutos. A bola foi endossada pelo meio dos centrais, colocando João Reis na cara de Marcelo Boeck, que falhou o corte e viu o extremo algarvio faturar.
Shikabala, que efetuou o primeiro jogo pela principal equipa do Sporting, só por uma vez deu nas vistas, e até foi em missão defensiva, quando cortou um ataque dos algarvios e lançou o contra-ataque, solicitando Dramé na esquerda, com Lameirão a travar o franco-maliano em falta. Dramé esteve mais ativo que o egípcio e foi o menos mau da equipa leonina. Shikabala entrou para a extrema-direita e acabou o jogo no centro do ataque, e sempre com o mesmo rendimento: nas poucas vezes em que teve bola, a produção foi nula.
Entre o terceiro golo do Farense e o final do jogo, os algarvios desperdiçaram quatro boas oportunidades, com destaque para um remate de Eugénio (80) defendido com categoria por Marcelo Boeck, e para uma perdida de Juan San Martin (82), quando estava isolado.
O Sporting não existiu neste período e um livre de André Martins (88) ao lado da baliza de Bento, resume a única dificuldade colocada à equipa de Faro. Os jogadores leoninos têm a atenuante do mau tempo que se fez sentir e que colocou o relvado empapado, mas para quem quer afirmar-se como opção para entrar no onze, exigia-se mais.
FICHA DO JOGO
Estádio São Luís, em Faro
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Assistentes: Filipe Pereira e Bruno Brás
4º árbitro: Sérgio Piscarreta
FARENSE: Ricardo; Carlitos, Ubay, Lameirão e Hugo Luz; Bilro e Nikola; João Reis, Fábio Felício e Livramento; Diogo Alves
Jogaram ainda: Pedro Eugénio, Joshua e Clemente, Bento, Juan San Martin, Matias e Jim Varela
SPORTING: Marcelo Boeck; Welder, Ruben Semedo, Dier e Piris; Vítor, Kikas e Gerson Magrão; Esgaio, Wilson Eduardo e Carrillo
Jogaram ainda: André Martins, Shikabala, Samba, Dramé, Wallyson, Stojkovic e Chaby.
Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Livramento (21m, gp), Diogo Alves (32m), Rúben Semedo (36m) e João Reis (61m)
Disciplina: cartão amarelo a Lameirão (55m) e Joshua Silva (81m)
Resultado final: 3-1 .
