Completou 40 anos na véspera de natal de 2014. É, obviamente, o jogador mais velho desta Liga. 

É certo que ainda só foi utilizado por 11 minutos (entrou aos 79 do encontro com o Gil Vicente, a 28 de setembro, vitória 3-2 dos axadrezados). 

Mas Fary Faye, avançado senegalês e capitão do Boavista, é o líder e a referência inspiradora para um plantel globalmente jovem e inexperiente. 

Teve os seus tempos áureos há pouco mais de uma década, nos anos no Beira-Mar e na primeira passagem pelo Boavista. 

Luís Castro Martins, em perfil sobre Fary assinado em unidade curricular de mestrado de Jornalismo na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa, aponta:  «Fary é um adepto que pode entrar em campo, é alguém que defende as cores do Boavista como defende a sua própria pele. Um amor que não sabe explicar e que surgiu mesmo antes de entrar no reino da Pantera. Um “líder nato” que prima pela boa disposição e que tem em Deus e na mãe os seus maiores pilares. O avançado que tem como ídolo Platini e que marcou um “golo partindo a perna” acaba este ano a carreira e ficará com certeza nas melhores páginas do futebol português.»

Nesse trabalho, Fary conta a Luís Castro Martins: «Fui o melhor marcador em 2002/03 sem nenhum penálti marcado. Ainda por cima, eu fui suspenso por mostrar a minha camisola, que tinha o nome do profeta que eu sigo, o Profeta Bamba, e o Simão mostrou uma camisola com a Mariana ao peito, que era a filha dele. Eu fui suspenso e o Simão não. E no fim, Deus pagou. Por causa daquela suspensão que me puseram é que ganhei o título de melhor marcador. Ficámos com os mesmos golos e ganhei porque joguei menos minutos que ele”.

No banco suplementar, mais perto da equipa


O ascendente de Fary no plantel boavisteiro fê-lo sentar, no jogo com o Belenenses, no banco suplementar. O senegalês nem sequer estava nos 18, por se encotnrar lesionado. Mas fez questão de se sentar num local ainda mais próximo da equipa. 

Além do jogo com o Gil Vicente para a Liga, em que entrou aos 79 minutos, Fary teve também uma outra utilização esta época: 18 minutos como suplente utilizado, para a Taça da Liga.