A FIGURA: André Moreira

Regressou à baliza após ter falhado a última jornada por causa de uma lesão contraída no aquecimento do jogo com o Moreirense. Demonstrou frieza notável na abordagem à maioria dos lances e protagonizou três defesas gigantes entre os 57’ e os 63’. Exibição notável!

 

O MOMENTO: Nathan aproveita oferta e bate Casillas (minuto 10)

Mérito de acreditar que a bola poderia sobrar para ele naquele choque entre Felipe e Osorio. Arrancou isolado para a baliza e picou a bola sobre Casillas. Apontou o segundo golo com a camisola do Belenenses: o outro foi contra o Benfica.

 

NEGATIVO: Felipe e Osorio

O facto de terem formado dupla no eixo defensivo pela primeira vez não pode servir de atenuante para a falta de entendimento entre os dois no lance que originou o golo de Nathan aos 10 minutos. Antes disso, já Casillas tinha acertado com a bola no venezuelano, na tentativa de pontapear a bola para o meio-campo contrário. As falhas primárias foram-se manifestando ao longo do jogo, felizmente (para os azuis e brancos) se consequências de maior, mas o mal já estava feito. De referir que os azuis e brancos sofreram o 2-0 num lance de bola parada, situação raríssima para a equipa de Sérgio Conceição, habitualmente forte neste capítulo de jogo.

 

OUTROS DESTAQUES

 

Diogo Viana: começou a atuar numa linha de cinco médios, mas rapidamente teve de baixar, fruto da pressão asfixiante dos portistas. Protagonizou inúmeras ações defensivas valiosas e terminou o jogo esgotado.

Sasso: foi o líder de um eixo defensivo que deve ter dificuldades em dormir esta noite, tal o grau de adrenalina a que foi exposto durante 90 minutos. Limpou muitos lances de perigo iminente dos dragões, ora pelas alturas, ora dando o corpo aos remates que iam surgindo. Evitou com um corte de recurso em cima da linha de baliza o golo do FC Porto aos 77 minutos.

Fredy: depois de uma entrada difícil, cresceu com o avançar do cromómetro, revelando inteligência quando teve a bola no meio-campo contrário, conseguindo congelar o jogo quando não tinha soluções de passe. Bateu o livre que originou o 2-0 de Maurides.

Alex Telles: regresso aos relvados quase um mês e meio depois de se ter lesionado na segunda parte da deslocação do FC Porto a casa do Estoril. Não teve a profundidade de Maxi no flanco oposto, mas fez uso da sua melhor característica: a qualidade com que mete bolas na área com o pé esquerdo. Além de servido com extrema qualidade os companheiros em alguns lances, esteve perto de marcar aos 42’ num remate de fora da área.

Iker Casillas: atingiu esta segunda-feira os 1000 jogos na alta competição, uma marca que só está ao alcance de uma elite restrita. Há muito que o portero espanhol faz parte da nata do futebol mundial e nós por cá agradecemos-lhe o facto de ter escolhido o futebol português para prosseguir a carreira em 2015. Naturalmente que não foi pelo pouquíssimo trabalho que teve no jogo desta noite – não obstante os dois golos sofridos – que merece ser destacado. Parabéns a um dos maiores!