Personalizado e com bons momentos de futebol o Marítimo conquistou os primeiros pontos fora de portas esta época ao vencer no terreno do Desp. Aves por uma bola a zero com um golo de Zainadine, na sequência de um pontapé de canto.

O tento insular foi apontado nos descontos da primeira parte, fora de horas, portanto, a exemplo do que sucedeu nos triunfos conquistados até agora. Um estranho hábito de marcar para lá da hora, mas que esta tarde foi apenas o confirmar de uma exibição superior ao adversário.

Terceiro triunfo na presente edição do campeonato, arranque prometedor do conjunto de Cláudio Braga, perante um Desportivo das Aves que parece ainda não se ter encontrado depois da conquista da Taça de Portugal, continuando sem vencer na Liga.

Apostado em seguir a velha máxima que diz que em equipa que ganha não se mexe, Cláudio Braga apresentou um Marítimo nas Aves com apenas uma alteração na equipa, forçada devido à lesão de Rodrigo Pinho. Barrera estreou-se a titular no corredor esquerdo, jogando Danny no apoio ao ponta de lança Joel.

José Mota também apenas fez uma alteração, Rodrigo regressou ao onze por troca com Amilton, assumindo o lugar de defesa direito e fazendo Mama Baldé subir no terreno. Com saída, por opção de Amilton, o Aves iniciou o encontro com três das suas principais referências no banco, o médio Vítor Gomes e os extremos Amilton e Nildo.

Zainadine rei na bola parada nos descontos

Cláudio Braga tinha como ambição marcar cedo nas Aves para conquistar os primeiros pontos fora de portas, José Mota deu a sua equipa como preparada para conseguir o primeiro triunfo da temporada. Predicados para que se projetasse um bom jogo. Faltou iniciativa de parte a parte para que o figurino fosse esse.

Nem o Desp. Aves nem o Marítimo assumiram de forma inequívoca a iniciativa do encontro, assistindo-se a um embate de parada e resposta, mas de forma tímida. Cruzamento da esquerda, aceleração pela direita, remate de meia de distância, mas sempre com risco controlado.

Já com tarimba esta época a decidir fora de horas, o Marítimo esperou pelos derradeiros minutos da primeira parte para passar para a frente do marcador. Depois de momentos de domínio dividido, o Marítimo terminou a primeira parte por cima e marcou no período de descontos. Canto na esquerda, há um primeiro desvio na área e é Zainadine a cabecear para fora do alcance de Beunardeau.

Tento a confirmar a superioridade insular nos últimos instantes, Joel ainda abanou novamente com as redes num lance confuso que acabou invalidado, e Danny teve hipótese de abrir o ativo, mas sem sucesso.

Faltou estocada final num Aves sem capacidade de reação

Dados relançados para a segunda parte, com o marcador aberto esperava-se a reação natural do Aves. Na teoria terá sido isso que José Mota pediu à sua equipa, a prática foi bem diferente, muito por força da prestação do Marítimo.

O conjunto insular esteve personalidade, susteve o ímpeto do Aves com uma tranquilidade assinalável não deu espaços e construiu vários lances de perigo. Tranquilamente, com várias trocas de bola entre todos os setores e qualidade de jogo.

Faltou a estocada final no jogo, que esteve mais perto do que uma resposta avense. Danny esteve na cara de Beunardeau, mas tentou o chapéu e acabou por fazer um passe ao guarda-redes. Novamente de pontapé de canto Zainadine esteve perto do segundo, mas o cabeceamento saiu ao lado. Nem os velocistas Nildo e Amilton, habituais titulares que esta tarde foram lançados a partir do banco, conseguiram mexer de forma determinante com o jogo.

Apenas nos derradeiros minutos do encontro, com mais coração do que cabeça, o Aves forçou o empate. Calafrios desnecessários  para o Marítimo, que conseguiu segurar a vantagem mínima.

Até agora só havia empates entre estes dois emblemas na Liga, a jogar na Vila das Aves, o Marítimo deu um pontapé nesse dado histórico conseguindo um triunfo importante, num arranque de época prometedor. Afunda-se o Aves, ainda não venceu e tem apenas um ponto ao fim de quatro jornadas.