José Mota e Pedro Emanuel têm poucos motivos para sorrir. Gil Vicente e Arouca empataram a uma bola no Estádio Cidade de Barcelos num espetáculo muito pobre, que apenas na reta final chegou a aquecer. Esteve perto a primeira vitória do Gil, mas ainda não foi desta. Diallo empatou o jogo a três minutos dos noventa, depois de Caetano ter aberto o ativo aos 77 minutos.
 
José Mota continua a dar voltas ao «Galo», que é como quem diz, procura ainda construir uma equipa com a matéria-prima que herdou. Em relação ao último jogo da Liga fez quatro alterações, fazendo regressar o penitenciado Pek’s ao eixo da defesa e apostando em Jander como extremo. David Batista estreou-se a titular na Liga e Evaldo foi outra das novidades ao regressar depois de três jornadas sem ser utilizado.
 
Do lado do Arouca, Pedro Emanuel operou três mexidas no seu conjunto depois da derrota por cinco bolas a zero diante do FC Porto. Bruno Amaro cumpriu castigo, viu a quinta cartolina amarela diante dos dragões, e deu o seu lugar a Rui Sampaio. Roberto e Nildo foram as novidades no ataque, trocando com Nélson Barbosa e Claro.
 
Sinal mais para o Arouca com Gabriel a fazer de guarda-redes
 
O cartão de visita, de resto, não era o melhor: o Arouca, pior ataque da Liga apenas com quatro golos, apresentou-se em Barcelos, onde mora o último classificado do campeonato e sem saber ainda o que é vencer.
 
Gil e Arouca confirmaram credenciais e rubricaram uma exibição pobre no Estádio Cidade de Barcelos. A equipa de Pedro Emanuel, que esteve melhor no primeiro tempo, deu mostras de querer inverter esta tendência e logo aos oito minutos causou calafrios aos gilistas, mas Gabriel fez de guarda-redes e evitou que Roberto inaugurasse o marcador depois de ultrapassar Adriano Facchini.
 
Um aviso do Arouca, sem resposta cabal do Gil Vicente. Alguns remates acanhados, quase sempre de muito longe da baliza e a sair desenquadrados, eram o máximo que a turma de José Mota ia conseguindo.
 
A solução estava no baixinho e não nos gigantes
 
Pedro Emanuel ia sentindo que o seu Arouca podia fazer mais e introduziu em jogo André Claro ao intervalo. O jogador veio dar um novo fôlego ao ataque do Arouca, mas José Mota não quis ficar atrás e passou a jogar com David Batista, Simi e Marwan na frente de ataque.
 
Três torres apontadas à baliza de Goicoechea, na luta desenfreada por aquela que seria a primeira vitória no campeonato. Ambição desmedida e que ia dando ao Arouca ainda mais liberdade no ataque. André Claro ia obrigado Adriano Facchini a aplicar-se. A solução não estava nos gigantes, mas sim no pequeno Caetano. O extremo saltou do banco para inaugurar o marcador e rasgar sorrisos no Gil Vicente.
 
O baixinho marcou com aquele que até nem é o seu melhor pé, mas não foi suficiente para carimbar os primeiros três pontos. Diallo, igualmente aposta de Pedro Emanuel a partir do banco, confirmou o empate no encontro a três minutos do fim. De cabeça, no seguimento de mais uma jogada confusa. O atacante entrou com tudo de cabeça e certificou que o Arouca não saía de Barcelos sem qualquer ponto.
 
Empate que sabe a pouco a ambas as equipas. Ao Arouca porque durante grande parte do jogo foi melhor, ao Gil porque teve o pássaro na mão. Empate triste de que ninguém se pode orgulhar. Empate com pouco futebol para mostrar. Empate que traz ainda mais preocupação a José Mota e a Pedro Emanuel, ainda assim os «Galos» estão em situação mais aflitiva. Continuam sem ganhar.