Ainda não foi desta que o Moreirense venceu em casa para o campeonato. O conjunto de Moreira de Cónegos demonstrou uma boa imagem na receção ao Marítimo, mas não conseguiu segurar o triunfo e acabou por ceder o empate (1-1). As intenções do Moreirense embateram no ferro, por três ocasiões, e impediram que a sua superioridade se traduzisse no resultado final.
O oitavo jogo sem vencer na Liga deixa a equipa de Guimarães à mercê do evoluir da jornada, podendo acabar em isolada no último lugar. O empate é positivo para o Marítimo face à parca produtividade, mesmo tendo jogado os últimos vinte minutos em superioridade numérica. Tozé marcou para o Moreirense de penálti, Dráusio apenas deixou que a desvantagem durasse quatro minutos.
A jogar perante um adversário com aspirações europeias, o Moreirense não se encolheu e assumiu as despesas do jogo. Há sete jornadas sem vencer e em zona aflitiva na tabela classificativa, os pupilos de Sérgio Vieira entraram determinados e, acima de tudo, acutilantes na manobra ofensiva.
Cinismo madeirense anula desvantagem
Charles teve de se aplicar para evitar que alguns remates abanassem com as suas redes, Ronaldo Peña, Tozé e Neto enviaram a bola aos ferros no espaço de vinte minutos e deram expressão ao maior caudal ofensivo da equipa da casa, expondo um Marítimo demasiado frágil perante a equipa com menos golos marcados no campeonato.
O golo do Moreirense chegou, finalmente, ao minuto 26, na transformação de uma grande penalidade. Bebeto travou Peña junto à quina da área, Tozé assumiu a marcação e enganou Charles, adiantando os Cónegos no marcador.
Só que do outro lado estava um Marítimo que, para além de ter fragilidades, também já demonstrou que precisa de poucas oportunidades para fazer a diferença. Foi o que aconteceu. Sem registar aproximações significativas à baliza do Moreirense antes do golo sofrido, a equipa de Daniel Ramos marcou no primeiro remate que fez à baliza.
E que golo. Dráusio aproveitou a sobra de um pontapé de canto para, à entrada da pequena área, empatar o encontro com um pontapé de bicicleta e bater Jhonatan.
Moreirense quis mais mesmo em inferioridade
A segunda metade começou mais repartida, mantendo-se, contudo, a maior dose de crença do Moreirense. Apesar de voltar a fazer muito pouco no que à construção e jogo diz respeito, o Marítimo esteve mais organizado a defender e conseguiu, dessa forma, impedir que o Moreirense criasse tantos lances de perigo.
Manteve-se a toada, voltou a haver mais Moreirense na segunda metade, mas com menos capacidade para criar perigo. A vinte minutos do fim Sérgio Vieira sofreu um duro revés. Belkeroui foi expulso por acumulação de amarelos e deixou o Moreirense com menos uma unidade. Mesmo em inferioridade foi a equipa da casa quem mais fez por mudar o rumo dos acontecimentos.
As equipas encaixaram-se, o resultado não se alterou e o Marítimo averbou o segundo empate consecutivo, perdendo a oportunidade de pressionar o Sp. Braga e o Benfica. Resultado penalizador para o Moreirense, que mesmo em inferioridade foi quem mais fez por ser feliz.
