A diferença esteve na eficácia. Aliada à segurança, é certo, mas lá está…assente no conforto de uma vantagem que o Sporting conseguiu relativamente cedo, e que lançou as bases de um triunfo sólido sobre o Estoril.
 
A equipa de Marco Silva não criou mais oportunidades do que frente a Belenenses, Paços de Ferreira ou Moreirense, jogos caseiros em que ofereceu dois pontos. Talvez o caudal ofensivo até tenha sido inferior, mas desta vez a formação leonina foi eficaz e conseguiu controlar o jogo de forma segura. A prova disso é que a equipa visitante nunca conseguiu incomodar Rui Patrício. E perante isto o triunfo leonino é mais do que justo.

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Nani regressou à competição e até foi expulso, já em período de descontos, mas de forma a cumprir castigo com o Famalicão, na Taça de Portugal, e não na visita a Braga, para a Liga (se visse apenas um cartão amarelo completava uma série de quinto).
 
O camisola 77 até começou o jogo no corredor central, mas trocando frequentemente com Carrillo, o que baralhava a organização defensiva do Estoril. Mané, colocado à equipa, teve uma exibição bem mais discreta, e acabou por ser o primeiro jogador substituído por Marco Silva.
 
Carrillo, por outro lado, foi o melhor elemento em campo, e foi pelo corredor central que criou a primeira ocasião de perigo, com um remate de fora da área que obrigou Kieszek a defesa apertada (8m).
 
Mas depois, ao contrário do que sucedeu noutras ocasiões, o Sporting mostrou-se eficaz. E na segunda ocasião de perigo chegou ao golo, tirando proveito de um erro alheio. Tudo começa num cruzamento de Jefferson, também de regresso à competição, amortecido por Carrillo ao segundo poste. Anderson Esito tentou dominar à entrada da área mas acabou por proporcionar um remate potente a Adrien, que inaugurou o marcador (20m).
 
O camisola 23 do Sporting esteve perto de voltar a marcar a três minutos do descanso, mas o remate foi atenuado por Yohan Tavares e acabou nas mãos de Kieszek. Houve ainda tempo para um lance polémico, com um cabeceamento de Slimani a desviar no braço de Mano, mas Artur Soares Dias nada assinalou e a vantagem mínima transitou para a segunda parte.
 
Slimani deu ainda maior conforto, antes do «até já»
 
O minuto 57 trouxe a tranquilidade definitiva ao Sporting, com o segundo golo, apontado por Slimani após novo cruzamento de Jefferson. Com uma vantagem confortável, e nunca permitindo que o Estoril provocasse perigo, nomeadamente em contra-ataque, a equipa leonina foi procurando aumentar a vantagem.
 
Kieszek ainda negou o golo a Carrillo e Montero com duas defesas seguidas (81m), mas o terceiro golo apareceu na forma de uma grande penalidade de Rúben Fernandes sobre o inevitável Carrillo, convertida por Adrien, que assim bisou.
 
Inofensivo, o Estoril só incomodou Rui Patrício ao minuto 66, mas com um remate de Tozé que desviou em Paulo Oliveira e que ficou fácil para o guarda-redes leonino. A dois minutos do fim foi Kléber a pedir a intervenção de Patrício, mas para mais uma intervenção relativamente fácil. Muito pouco para aquilo a que o Estoril já nos habituou.