Figura:

Bruno Fernandes: a filosofia que Keizer trouxe deixa o internacional português como peixe na água. Está mais em jogo do que durante o período de Peseiro e reflete-se no jogo do Sporting. Toca, toca e toca até encontrar espaço para assistir ou fazer uso do seu poderoso pontapé. Marcou pelo terceiro jogo seguido (8’) e esteve na jogada do golo que fechou o jogo. Diverte-se a jogar e, por isso, rende mais. Keizer agradece.


Momento: 73’ - golaço de Jovane (3-1) sela triunfo

Poucos minutos após ter rendido o discreto Diaby e na primeira vez que tocou na bola, Jovane levantou o estádio com um pontapé em arco que só parou no ângulo superior direito da baliza de Leo. O remate de pé esquerdo não parecia ter força suficiente, mas tinha colocação quanto baste. Um momento sublime – com régua e esquadro – que permitiu ao leão abater a presa.


Outros destaques:

Bas Dost: José Gomes disse que não trocava Vinícius por Bas Dost. Pode escrever-se então que o treinador do Rio Ave saiu a perder esta noite. O holandês voador devolveu a liderança no marcador ao Sporting numa cabeçada tremenda, antecipando-se a Buatu (24’). Havia melhor forma de assinalar o jogo 100 pelos leões? Marcou pelo quarto jogo consecutivo e chegou aos nove golos esta época.

João Schmidt: passada curta, bola colada ao pé esquerdo e uma calma enervante numa partida disputada a um ritmo eletrizante durante largos períodos. Apontou um golaço de livre direito – que execução (!) -, empatando a partida. Na segunda parte (65’) viu Renan fazer duas defesas assombrosas e roubar-lhe o que seria o 2-2. Assinou, porventura, a melhor exibição desde que voltou a Portugal.

Galeno: é indubitavelmente o jogador que mais desequilibra no Rio Ave. É verdade que teve pouco em jogo no primeiro tempo por incapacidade da sua equipa roubar a bola ao Sporting, mas ainda assim deixou bons apontamentos. Foi, portanto, o mais corajoso da equipa. Ficou perto do empate num pontapé forte de meia-distância (19') e obrigou constantemente os adversários a recorrerem à falta para o travar. Nos vinte minutos finais teve mais espaço, mas pecou na definição. Ficou provado que ainda tem muito para crescer.

Coentrão: não jogou mal, mas teve um reencontro discreto com o Sporting. Pisou terrenos interiores e emprestou clarividência à organização de jogo vila-condense. No entanto, o facto de a equipa do Rio Ave ter tido menos bola do que o habitual retirou-lhe influência. Ficou muito perto de marcar à ex-equipa, mas o desacerto na finalização e a oposição de Renan travaram-lhe as intenções (80’). Bastante aplaudido pelos adeptos do Sporting quando saiu, sinónimo de reconhecimento.

Renan: exibição intermitente. Por pouco não comprometeu no primeiro tempo num lance com Acuña, mas compensou a falha com uma agilidade tremenda entre os postes. Fez três defesas decisivas, duas delas quando o jogo estava 2-1 (65'),  e merece totalmente o destaque.