Candidatura à Europa anunciada. O Desportivo de Chaves triunfou em Santa Maria da Feira - à boleia da associação entre Bressan e Matheus Pereira – e ganhou terreno a Rio Ave e Sporting de Braga. Por sua vez, o Feirense teima em não conseguir fugir definitivamente à zona perigosa da tabela.

Os dois técnicos optaram por lançar de início dois dos respetivos reforços deste mercado. Nuno Manta juntou Karamanos e João Silva, uma aposta arriscada associada a promessas de um futebol ofensivo e direto. Por sua vez, Luís Castro lançou Eustáquio para o lugar de Tiba, indisponível para esta partida.

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Carles Rexach, fiel companheiro de Johan Cruyff, uma vez disse que correr era um ato de cobardia. E foi isso que o Feirense se limitou a fazer durante vinte e cinco minutos, momento em que se viu em desvantagem no marcador. Mérito, naturalmente, para o Desportivo de Chaves que aproveitou a inferioridade contrária na zona do meio-campo.

Após uma série de aproximações à baliza de Caio, William aproveitou um corte incompleto da defensiva contrária para anotar o primeiro golo da partida, oitavo da conta pessoal. Porém, o golo prejudicou…. a equipa do Desportivo de Chaves.

Quiçá, agarrada ao conforto que o marcador lhe dava, a equipa de Luís Castro permitiu que o Feirense crescesse. Até esse momento, sublinhe-se, a equipa visitada apenas tinha feito um remate à baliza. Francamente pouco para quem precisa de pontos para conseguir algum bem-estar na tabela.

O golo, como se disse, funcionou como um alarme para os fogaceiros que a partir desse momento agarraram o jogo e foram à procura de equilibrar. Porém, esbarraram sempre na defesa contrária. Acabou por ser António Filipe a oferecer um brinde ao Feirense. Erro numa primeira instância, obrigando Domingos Duarte a ceder canto. Na sequência da bola parada, deixou escapar o cabeceamento de Rocha. Rui Costa consultou o VAR e validou o golo já então celebrado pelos homens vestidos de branco.

OS DESTAQUES DA PARTIDA: Bressan, claro está

Convém sublinhar que antes da igualdade, os flavienses podiam ter fechado o jogo ainda dentro da primeira meia hora. Bressan – que grande exibição – picou a bola sobre a defesa adversária e deixou William na cara de Caio. Contudo, o avançado brasileiro dominou mal e perdeu uma flagrante oportunidade para matar o jogo.

Quem não marca, acaba por sofrer. A igualdade galvanizou o conjunto de Santa Maria da Feira que entrou a dominar a etapa complementar. Essa superioridade esfumou-se rapidamente e o Desportivo de Chaves voltou a assentar jogo. Um jogo de toque, de passe curto e de associações constantes dos seus jogadores. Enfim, um futebol que encanta quem o vê e quem o pratica.

O Feirense sentiu o crescimento contrário, aliás, é justo dizer que o temeu. E recuou. Domingos Duarte desperdiçou em zona privilegiada,  Davidson atirou ao poste e Matheus Pereira ameaçou de meia-distância. O extremo brasileiro passou das ameaças à prática e deu o triunfo aos flavienses: tabelinha – um jogada tão simples – com  Bressan e explosão de alegria no relvado. O lance foi invalidado pelo árbitro auxiliar. Porém, uma vez mais, Rui Costa recorreu ao VAR e validou-o.

Matheus conferiu justiça ao marcador e resolveu a partida para o lado da equipa que esteve sempre mais perto de o vencer. Acrescento até que mais fez para o ganhar.

Não houve tempo para o Feirense reagir como fez inúmeras vezes durante a partida.