O FC Porto-Desp. Aves teve «prolongamento», mas só com a equipa da casa em campo.

Expliquemos. No final da partida contra o Aves, a habitual roda não foi feita numa zona próxima dos Super Dragões, contrariando uma norma praticamente institucionalizada. Desta vez o abraço coletivo foi dado perto do círculo central, com a estrutura a sair depois diretamente para os balneários, sem agradecimentos, sem uma aproximação à bancada do maior grupo de adeptos organizados do FC Porto.

Ora, com a saída da equipa para os balneários apareceram os assobios e os cânticos «O Porto é nosso e há-de ser». Já com o resto do estádio vazio, a claque não arredou pé e cantou, cantou, cantou… até ver treinadores e futebolistas voltarem ao relvado, com Sérgio Conceição à frente.

A partir daí, surgiram os pedidos de desculpa mútuos, provavelmente ainda consequência do ocorrido nas bancadas dos Arcos.  

Fernando Madureira, líder da claque, falou com Conceição, Herrera pegou no megafone e cantou com os adeptos. «Estamos conscientes dos erros cometidos. Temos de estar juntos e lutar até ao fim. Vamos dar tudo nestes dois jogos e no final da taça», gritou o mexicano. 

Pazes feitas. Pelo menos desse lado.

Depois a equipa foi para o topo oposto, onde costuma ficar o Colectivo, e aí o ambiente esteve mais tenso, com Danilo e Brahimi a mostrarem desconforto perante a forma como estavam a ser interpelados por alguns adeptos.

Uma noite de emoções fortes, depois da goleada do FC Porto ao Desp. Aves.