O Sp. Braga não foi além de um empate sem golos na receção ao Arouca, pondo assim um travão na série de quatro jogos consecutivos a vencer. Num jogo em que faltou arte e inspiração, os pupilos de Paulo Fonseca dominaram o encontro, mas produziram poucos lances de perigo e acabaram por ceder os primeiros pontos em casa.
 
Numa senda de quatro vitórias consecutivas, Paulo Fonseca fez duas estreias, por força das lesões que condicionam o setor mais recuado, mas também confirmando a rotação habitual que vem fazendo no plantel. Pedro Monteiro jogou pela primeira vez esta época na equipa principal, enquanto que o espanhol Aarón fez a sua estreia absoluta com a camisola arsenalista.
 
Por sua vez, o Arouca apresentou-se na pedreira com três jogadores recrutados em Braga. Tomás Dabó, Hugo Basto e Nuno Valente foram lançados de início por Lito Vidigal, assinalando-se assim o regresso do trio à cidade dos arcebispos.
 
Domínio sem expressão
 
Debaixo de chuva intensa e de vento forte, o Sp. Braga entrou em campo igual a si mesmo: a dominar o encontro, fazendo da capacidade de assumir o jogo e de subjugar os adversários à sua defesa a principal arma. O Arouca respondeu de forma competente e organizada, com capacidade de sofrimento e de jogar largos períodos sem ter a bola em seu poder.
 
O futebol rendilhado, com movimentações fortes no miolo e muita circulação de bola estava a sair de forma previsível e foi o estreante Aarón a agitar as águas. À passagem do minuto 36 o espanhol assinou o lance de maior perigo do encontro, enviando o esférico ao travessão.
 
Curiosamente, esse lance nasceu em contradição com os princípios de Paulo Fonseca. Uma aceleração e Rafa descobriu Djavan desmarcado na esquerda, e o lateral canhoto centrou para Aarón corresponder de cabeça, rematando à trave. Contra-ataque puro, a jogar nas costas do adversário e em velocidade. 
 
Domínio sem expressão dos guerreiros, que assumiam o controlo territorial, mas sem criar perigo. O Arouca ia espreitando timidamente o ataque, com Artur a servir de elo de ligação entre a restante equipa e os dois elementos mais em foco no ataque, Ivo Rodrigues e Maurides.


Organização arouquense chegou para conquistar um ponto
 
Depois do período de descanso a toada não se alterou, tendo o Sp. Braga entrado em campo ainda mais previsível. Paulo Fonseca fez Alan e Joan Roman entrar em jogo, com a intenção e dar um abanão no encontro.
 
A primeira mostra até foi positiva, especialmente com Alan a ameaçar dar outra dinâmica ao futebol bracarense. Mas, o Arouca adaptou-se rapidamente às circunstâncias e reorganizou-se de forma a limitar o espaço de manobra do Sp. Braga.
 
O cronómetro evoluiu, o Arouca aguentou-se e não ousou arriscar muito mais do que o empate. Inclusivamente, Lito Vidigal guardou duas substituições para o período de descontos (uma delas nem chegou a acontecer), travando assim o ímpeto final bracarense.
 
Mais um empate para o Arouca, que nãos e livrou de um valente coro de assobios e cânticos a pedir mais futebol por parte dos adeptos bracarenses. A equipa de Lito Vidigal foi a primeira a abrir uma brecha na pedreira, conquistando os primeiros pontos na casa do Sp. Braga.