FIGURA: Mitroglou

O Benfica marcou cinco golos no Restelo e o grego fez três deles. Foi a quinta jornada consecutiva a marcar e já não fazia um hat-trick desde outubro de 2013, quando estava ao serviço do Olympiakos. Soma já dez tentos nesta Liga. Fez o primeiro de cabeça, o segundo de pé direito e o terceiro de pé esquerdo. Pode pedir-se mais do que isto?

 

MOMENTO: 0-2, o primeiro golo de Jonas

O Benfica saiu para o intervalo a vencer pela margem mínima e de forma justa, diga-se. Mas apenas com um golo de diferença, bem se sabe, tudo pode acontecer. Ou dar empate ou neste Benfica dar em novo golo e goleada. Foi o que aconteceu. Jonas fez o 0-2 aos 53 minutos e a partir daí, como se diz, foi sempre a abrir. Bom futebol, segurança no marcador e a máquina goleadora a funcionar. Dizer ainda que Jonas marcou o 0-5 e leva 22 golos no campeonato.

 

OUTROS DESTAQUES:

Pizzi: é um dos melhores jogadores deste Benfica e esta noite voltou a comprová-lo. Sempre ativo, a recuperar bolas, a pressionar e a lançar a equipa para o ataque. Lançando-a também nos golos. Foi ele quem assistiu Mitroglou nos primeiros dois golos do grego esta noite. Saiu à entrada dos dez minutos finais, com o trabalho mais do que feito.

Gaitán: se se diz que Pizzi é dos melhores jogadores encarnados é porque há quem o acompanhe nessa tarefa. E um deles é Gaitán, claro. Esteve afastado durante quase um mês e a equipa soube contornar a ausência, mas com o argentino em campo as coisas tornam-se bem mais fáceis. Frente ao Belenenses voltou a assistir e por duas vezes, uma a Jonas outra a Mitroglou, e já soma dez assistências.

Lindelof: sem Luisão e sem Lisandro Lopez, ambos lesionados, Rui Vitória apostou no sueco e o jogador não desiludiu. Mostrou-se seguro ao lado de Jardel e a ser capaz de resolver em momentos chave. Destaque para a bola que tirou quando Juanto e Miguel Rosa se isolavam, aos 24 minutos, e depois a safar uma escorregadela de Jardel que Juanto já aproveitava.

Carlos Martins: o Belenenses dispôs de alguns remates, mas não conseguiu converter nenhum deles em golos. O ex-jogador do Benfica é bom no remate a meia distância e esta noite bem tentou fazer o gosto ao pé dessa maneira, mas a bola ou passou ao lado ou por cima. Tentou, mas consegue melhor.

Fábio Nunes: teve trabalho, teve. Com Pizzi e André Almeida pela frente, numa noite de qualidade de ambos, mas soube em muitos momentos levar a melhor sobre os jogadores encarnados. Sobretudo na primeira parte. Já na globalidade do jogo, foi um dos mais incansáveis e foi quem quase sempre lançou o Belenenses para maior perigo.

Rúben Pinto: o médio apareceu frente ao Benfica como central, ao lado de Gonçalo Brandão. Não se pode dizer que tenha estado mal nessa posição, mas foi ele quem falhou no primeiro golo do Benfica. Tardou a saltar e Mitroglou levou a melhor. Antes disso também já tinha sido amarelado e acabou por não regressar dos balneários. Velázquez preferiu um central de raiz: Gonçalo Silva.

Aguilar: chegou, treinou e foi logo aposta do treinador do Belenenses para este dérbi com o Benfica. No geral esteve bem, participando em vários momentos defensivos e ofensivos da formação azul e branca, mas mostrou-se algo lento. Percebe-se: não jogava oficialmente desde maio, devido a uma lesão num tornozelo e a desentendimentos com a direção do Toulouse.