Duelo minhoto acidentado a abrir a antepenúltima jornada da Liga, com emoção e implicações diretas no desfecho da classificação. Levou a melhor o Moreirense (2-1), resolvendo o jogo no último quarto de hora com duas bombas de fora da área. Nildo e Alan Schons foram os protagonistas que apontaram à baliza bracarense.

Regresso aos triunfos da equipa de Moreira de Cónegos, atirando desde já o Nacional da Madeira para o segundo escalão e cavando ao mesmo tempo uma margem de seis pontos de vantagem para o Tondela, podendo até festejar a permanência já esta jornada.

Por seu turno os bracarenses perderam o segundo jogo consecutivo e entregam matematicamente o quarto lugar ao rival V. Guimarães A equipa de Abel Ferreira esteve em vantagem, mesmo reduzido a dez unidades, mas sucumbiu na reta final do encontro.

Primeira metade acidentada

Os primeiros quarenta e cinco minutos em Moreira de Cónegos foram marcados por várias incidências. Abel foi forçado a fazer duas substituições em dez minutos, uma colmatar a saída do lesionado Vukcevic, outra para equilibrar a defesa depois da expulsão de Rosic aos 24 minutos, por acumulação de amarelos.

Petit também fez uma alteração, logo depois do golo apontado por Ricardo Horta, com a intenção de dar mais ferramentas ao ataque na corrida atrás da desvantagem e também aproveitar a superioridade numérica. Ou seja, quarenta e cinco minutos com três substituições, uma expulsão e um golo contra a corrente das incidências.

De futebol sobrou uma entrada forte do Sp. Braga, a encostar o Moreirense no seu meio campo. Contudo, com mais responsabilidades na classificação, a equipa da casa foi crescendo paulatinamente, criando mais perigo através de lances de bola parada. Um domínio que ganhou força com a expulsão de Rosic.

Quando até era o Moreirense que ameaçava mais, sem aviso prévio, o conjunto de Abel Ferreira adiantou-se no marcador. Goiano cruzou da esquerda, a tentativa de remate de Rui Fonte saiu falhada, mas o ressalto tornou-se numa assistência perfeita para Ricardo Horta, que isolado colocou o Sp. Braga em vantagem a dez minutos do intervalo.

Nildo e Schons fazem mira

Depois do descanso o jogo foi menos acidentado, sofrendo um acréscimo considerável no que à emotividade diz respeito. Pertenceu ao Moreirense uma maior dose de iniciativa, muito por força da desvantagem no marcador. Petit arriscou, abdicou de um central para acrescentar artilharia ao setor mais adiantado

Marafona evitou com uma defesa milagrosa o empate a Neto, adivinhava-se o golo dos Cónegos, muito por força da do muito coração que impunha no jogo, ainda que muitas vezes faltasse a outra grandeza desta dicotomia, ou seja, faltava a cabeça.

Quando faltava um quarto de hora para o apito final Nildo disferiu um potente remate de fora da área, carimbando o empate para o Moreirense. Grande golo do brasileiro, a aproveitar a falta de oposição na direita para se colocar em carreira de tiro e rematar em arco para o ângulo da baliza de Marafona.

Para o minuto noventa, em cima da hora e depois do assédio desmedido à baliza contrária, pertenceu o Alan Schons o disparo triunfal. Grande remate de fora da área, junto ao poste, a fazer o Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas explodir de alegria.

Três pontos que se podem revelar fundamentais para o Moreirense nas contas da manutenção.